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Portugal teve a sua desforra contra a França e, pela 22.ª vez, é campeão europeu de hóquei em patins

Portugal teve a sua desforra contra a França e, pela 22.ª vez, é campeão europeu de hóquei em patins
MANUEL FERNANDO ARAÚJO

A seleção nacional conquistou, pela 22.ª vez, o título europeu de hóquei em patins, ao bater na final, por 4-1, a França contra a qual perdera na primeira fase da prova. O triunfo aconteceu no pavilhão de Lordelo, em Paredes

“Não fomos competentes, assumimos. Se não acreditar [no título] e não passar essa mensagem, mais vale irmos embora já.”

As palavras foram ditas por Paulo Freitas, selecionador nacional, quando o otimismo estava perto do chão do pavilhão, não muito animado, após Portugal perder os três jogos da fase inicial do Campeonato da Europa contra Itália, França e Espanha, por esta ordem. Bem dizia o treinador, “não há como esconder”, mas fazia a ressalva: “Não defrontou o Uganda ou os Camarões.”

Pois não, tivera pela frente três candidatas ao título tal e qual a seleção nacional, que se recompôs do começo titubeante, apertou os patins, ganhou à Espanha na meia-final após se livrar de Andorra nos ‘quartos’ para marcar o reencontro, na final do pavilhão de Lordelo, em Paredes, contra os franceses. Quando Rafa Bessa, a menos de um minuto do desfecho da partida, marcou o quarto golo português, a arena quase se desmoronou em efusão.

Com menos um jogador em campo, a seleção selava a vitória, por 4-1, para conquistar o Europeu pela 22.ª vez na história. A última já se via algo ao longe, acontecera em 2016, também dentro de portas, não em Paredes mas em Oliveira de Azeméis. Poucos minutos após o fecho do jogo, ainda os jogadores se ajoelhavam no campo e trocavam abraços, o público berrou o hino nacional - era um título ansiado, que motivava saudades.

País de forte tradição em ter gente a rolar com patins sobre quadras, Portugal engordou o seu peso nesta competição: em 56 edições do Europeu, a seleção nacional é a que mais vezes o conquistou (22, à frente das 19 de Espanha e as 12 de Inglaterra), somando 45 medalhas no total.

Com o filho no colo, Paulo Freitas disse, no final e ao microfone da RTP, que a conquista veio de “uma equipa com muito coração, com muita alma, e muita razão também”, afirmando-se “muito orgulho por liderar esta rapaziada”. Esta que recuperou de um início turbulento. “Era com isto que sonhava, dar uma alegria a todo o mundo do hóquei, a todos os portugueses, a toda a gente que aqui está”, confessou, emocionado por estar de saída da seleção nacional.

“Nunca deixei de acreditar.”

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