A temporada começou debaixo do sol do Rio de Janeiro, sem o abraço sufocante e desleixado do pavilhão. Não havia eco, nem o eco do eco, muito menos aquele chapinhar alheio constante, com um ruído que é filho dos chuviscos televisivos. Estar ao ar livre dá outra energia aos nadadores, insufla a mente e os músculos dos corpos que parecem desenhados. Este estágio em águas cariocas explica-se com o aproximar da tensão e do stresse competitivo que dá a mão ao que está no horizonte: os mínimos para os Jogos Olímpicos de Paris.
Diogo Ribeiro
A caminho do Olimpo
Esta é a história do projeto mais especial da natação portuguesa. Diogo Ribeiro, recordista e campeão mundial júnior, é um feroz competidor, de 18 anos, a quem brilham os olhos quando fala nos Jogos Olímpicos de Paris. O perfil do nadador é um dos 50 escolhidos pelo Expresso por representarem o futuro do país - a que juntamos 50 que marcaram os últimos 50 anos
Hugo Tavares da Silva
06.03.2023 às 8h30

NUNO BOTELHO
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Aos três meses de idade já estava dentro de água. Ia ver as provas da irmã e imaginava-se a nadar ao lado de atletas com quem hoje treina. Com apenas 17 anos, Diogo Ribeiro foi ao Peru em setembro ganhar três títulos mundiais júnior de natação, mas era suposto ainda estar a recuperar do acidente de mota que teve no verão de 2021. Os médicos estimaram um ano de recuperação, mas dois meses bastaram. Agora, quando fecha os olhos e tenta vislumbrar o futuro, Alberto Silva, o seu treinador, diz que “já não consegue imaginar o Diogo fora dos Jogos Olímpicos”. Veja a grande reportagem
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Aos 17 anos, Diogo Ribeiro saltou para a ribalta ao conquistar um bronze nos Europeus sénior de natação e brilhar ainda mais nos Mundiais juniores, com três medalhas de ouro, uma delas com recorde mundial. Quem o conhece bem destaca que a grande qualidade do conimbricense “é a cabeça”, que “lida muito bem com o stress das provas”, ele que há um ano teve um grave acidente de mota que lhe colocou a carreira em risco. Mas, apesar do investimento da federação em Alberto Silva, reputado técnico brasileiro, é preciso ter em conta que “infelizmente, o Diogo não é exatamente o reflexo da natação portuguesa como um todo”
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