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Hóquei em patins: Portugal até esteve na frente mas falha revalidação do título mundial frente à Argentina

Seleção nacional permite reviravolta à Argentina, perdendo na final do Mundial por 4-2. O 17.º título mundial terá de esperar

Lídia Paralta Gomes

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O sonho era repetir 1991 e 1993, edições seguidas em que Portugal foi campeão mundial de hóquei em patins. Na final em San Juan, a meca argentina da modalidade, era frente à equipa da casa, tal como em 2019, num duríssimo jogo em Barcelona em que a seleção nacional só venceu nas grandes penalidades.

Volvidos três anos, Portugal não tinha pela frente apenas a seleção argentina, mas também o rebuliço do Estádio Aldo Cantoni e de oito mil gargantas a berrar pela alviceleste. E, no final, esse casamento entre jogadores e adeptos seria demasiado forte. Portugal ainda esteve a ganhar por 2-0, mas permitiu a reviravolta, com os argentinos a vencerem por 4-2. A hipótese de igualar Espanha com 17.º títulos mundiais, de revalidar o título, esfumou-se na 2.ª parte, depois de uma entrada de leão de Portugal, que logo à primeira oportunidade marcou por Henrique Magalhães, nem dois minutos depois do arranque da partida.

O golo madrugador deu o mote para um jogo de ritmo estonteante, com a Argentina a lançar-se em busca do empate. Platero ainda colocou a bola dentro da baliza de Ângelo Girão, mas no hóquei ainda não é permitido marcar com a perna. E a nove minutos do intervalo, um remate de longe de Henrique Magalhães valeu o 2-0 para Portugal.

Porém, ainda antes do final da 1.ª parte, Pablo Alvarez, jogador do Benfica, reduziu para os da casa, iniciando o que seria uma reviravolta sem retorno. Aos sete minutos da 2.ª parte, outro benfiquista, Carlos Nicolia, empatou o jogo. O 3-2 chegaria fruto de uma perda de bola, que Pablo Alvarez aproveitou para transformar em contra-ataque e golo.

Foi já com uma seleção nacional totalmente balanceada para a frente, com o público ao rubro e mais coração que cabeça que Ezequiel Mena fez o 4-2 final, a 12 segundos do fim.

Para a Argentina é o 6.º título mundial, o primeiro desde 2015. Já o 17.º de Portugal terá de esperar.