Quando é que um atleta chega ao topo? Ao longo de anos joga em diversas equipas, países e competições, disputa campeonatos, taças e torneios internacionais, mas onde encontra o auge no meio de tudo isto? Para Carla Vanessa, jogadora do GCR Nun'Álvares, é simples: quando veste a camisola da seleção portuguesa.
“Descrevo-o como a melhor coisa da minha vida”, diz a jogadora de futsal à Tribuna Expresso. “Chegar ao ponto máximo naquilo que fazemos e fazê-lo bem feito, ou pelo menos eu tento fazê-lo bem feito, é incrível. Fico sem palavras. Quando sai uma convocatória, fica-se muito ansiosa, eu falo por mim. Ainda para mais a convocatória é reduzida, estar entre as 14 melhores é bastante difícil”.
Segundo dados da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Carla tem 102 internacionalizações. Provou o que vale ao longo de 3.233 minutos e ainda tem receio de não ver o seu nome na convocatória. Talvez seja mesmo isso que torna a experiência tão especial, o facto de nunca olhar para ela como garantida.
“Eu fico sempre [nervosa]. Uma jogadora não tem as épocas todas perfeitas, temos altos e baixos. Agora sinto-me bem, sinto que estou preparada. Há outros momentos em que nos sentimos menos bem derivado à nossa vida. Não sou só profissional, eu trabalho, há dias em que estamos mais cansadas e, às vezes, aqueles pensamentos mais negativos vêm ao de cima. Mas é um orgulho sempre, quando está lá o nosso nome é fantástico mesmo”, confessa.