Nelson Évora conquistou, esta quinta-feira, a medalha de bronze nos mundiais de atletismo que decorrem em Londres. O mais velho dos 12 finalistas do concurso de triplo salto voltou a mostrar que a idade não é um (im)posto e que o seu lugar é entre os melhores da disciplina.
O triplista português arrancou bem o concurso. Depois de uma primeira tentativa, logo acima dos 17 metros (17,02), Évora foi mais longe ao segundo ensaio até aos 17,19 que lhe haviam de render a quarta medalha em mundiais de atletismo.
Acima do português, e numa espécie de campeonato à parte pelo ouro, estiveram Christian Taylor, que conquistou o terceiro título em mundiais, e Will Claye, que apesar de um concurso brilhante, com cinco saltos acima dos 17,49, voltou a não conseguir ser melhor que Taylor.
O campeão do mundo e olímpico venceu com 17,68 metros - bem longe dos 18,11 que já fez este ano e ainda mais longe do recorde do mundo que se disse pronto a bater - enquanto Claye ficou com a prata com 17,63.
Atrás de Nelson Évora ficaram três atletas, todos com 17,16 metros. Cristian Nápoles, de Cuba, Alexis Copello, cubano naturalizado pelo Azerbaijão e companheiro de treino de Nelson Évora e Chris Benard, dos Estados Unidos, que tinha chegado à final com o melhor salto da qualificação (17,20).
Dia de glória para o atletismo português - primeira medalha em Londres -, mais um com a assinatura de um saltador que não verga. Foi há 10 anos que subiu ao primeiro pódio, em Osaka, para receber a medalha de ouro e carimbar a marca que ainda hoje vigora como recorde nacional (17,74).
Foi ainda prata em Berlim 2009 e bronze em Pequim, há dois anos, feito que repetiu esta quinta-feira. E a isto ainda se soma o título de Pequim 2008, que fez de Évora o quarto português a subir ao lugar mais alto do pódio nuns Jogos Olímpicos.
A marca obtida pelo português foi a mais baixa com que alcançou uma medalha em mundiais e olimpíadas. O título junta-se ao ouro conseguido este ano em Belgrado nos Campeonatos Europeus de Pista Coberta.
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