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Liga dos Campeões

O Inter é o adversário do Benfica nos quartos de final da Liga dos Campeões

Portugueses e italianos jogaram a final da Taça dos Campeões Europeus em 1965, tendo nessa noite sorrido aos futebolistas orientados por Helenio Herrera. Os quartos de final jogam-se a 11/12 e 18/19 de abril. O vencedor deste Benfica-Inter terá pela frente, nas meias-finais, AC Milan ou Nápoles

Hugo Tavares da Silva

Kristian Skeie - UEFA

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O Benfica vai defrontar o Inter nos quartos de final da Liga dos Campeões, ditou o sorteio desta manhã realizado em Nyon, na Suíça. Esta eliminatória vai disputar-se a 11/12 e 18/19 de abril.

É um reencontro histórico, já que estas duas equipas defrontaram-se a 27 de maio de 1965, precisamente em San Siro, na final da Taça dos Campeões Europeus foi o único duelo entre estes símbolos nesta competição. Costa Pereira, Cavém, Germano, Raúl Machado, Fernando Cruz, José Neto, Mário Coluna, José Augusto, José Torres, Eusébio e António Simões acabaram derrotados com um golo de Jair. Os nerazzurri contavam com futebolistas de alto gabarito como Sandro Mazzola e Luis Suárez.

O sonho europeu do Benfica continua, depois de alcançar os quartos de final do torneio pela 20.ª na sua história. Superado o Club Brugge nos oitavos de final, com uma eliminatória que deu sumo até aos 7-1, os lisboetas vão defrontar agora porventura um dos adversários menos ameaçadores do sorteio. Os portugueses evitaram assim Real Madrid, Chelsea, Manchester City, Bayern Munique, Milan e Nápoles.

Se os encarnados eliminarem o Inter, a equipa que derrotou com felicidade o FC Porto e que ganhou este torneio pela última vez em 2010 (com José Mourinho), terão pela frente, nas meias-finais, o Nápoles ou Milan.

Octavio Passos - UEFA

O Inter, treinado por Simone Inzaghi, está na segunda posição da Serie A, a 18 pontos do Nápoles. O 11 titular, num clássico 3-5-2, costuma contar com nomes como Alessandro Bastoni, Nicolò Barella, Henrikh Mkhitaryan, Hakan Çalhanoglu, Lautaro Martínez, Edin Dzeko e até Romeu Lukaku, o carrasco dos dragões nos oitavos de final. No historial contam com três títulos de campeão europeu (1964, 1965, 2010) e duas derrotas em finais do torneio, em 1967 e 1972, caindo aos pés de Celtic, em Lisboa, e Ajax.

A caminhada até aqui foi dura, glamorosa e valente. Os atuais líderes da Liga Portuguesa venceram o Grupo H, à frente de PSG de Messi, Neymar e Mbappé, Juventus e Maccabi Haifa. Para a história ficam as duas vitórias contra os italianos, na Luz (4-3) e em Turim (1-2), e a goleada na derradeira jornada, por 6-1, em Israel. Tanto portugueses como franceses terminaram sem derrotas, somando tudo igual nos pontos e nos golos, sendo necessário mergulhar nos famosas alíneas do regulamento que permitem gerar hierarquias.

Antes disso, quando os futebolistas que vestem a farda encarnada ainda eram anónimos, bateram o Midtjylland, na 3.ª pré-eliminatória, depois de um 4-1 e de um 3-1. Depois, no play-off que ditaria ventos e vontades da bola europeia, o Benfica passou por cima do Dynamo Kiev, fragilizado pelo contexto de guerra no país na sequência da invasão da Rússia. A equipa de Roger Schmidt bateu os ucranianos por 3-0 e 2-0.

A história do Benfica na competição é importante, sobretudo nos anos 60, quando conquistou duas Taças dos Campeões Europeus, em 1961 e 1962, esta já com Eusébio da Silva Ferreira. Depois disso, veio a dor e a angústia, salpicada pela fabulosa maldição de um húngaro: derrotas nas finais de 1963, 1965, 1968, 1988 e 1990.

Sorteio dos ‘quartos’ da Champions

Real Madrid - Chelsea
Inter - Benfica
City - Bayern Munique
Milan - Nápoles