A história é contada pelo “Le Figaro”. Quando Thomas Tuchel treinava o Mainz, a sua primeira experiência na Bundesliga, irritou-se com as insistentes perguntas dos jornalistas sobre resultados e não sobre o futebol propriamente dito. Vai daí marcou uma hora a cada terça-feira e convidou os repórteres para uma espécie de workshop intensivo sobre a sua filosofia de jogo.
A proposta não era totalmente inocente: com esta ideia, Tuchel não só promoveu uma conversa mais informada com os jornalistas como também detetou aqueles a quem, de facto, só interessavam mesmo os resultados. Arguto, admitamos.
Apesar do ar levemente louco, do alto dos seus mais de 1,90m desacompanhados de muita carne, o agora treinador do Chelsea, adversário do FC Porto esta quarta-feira nos quartos de final da Liga dos Campeões, está longe de ser um Jurgen Klopp, a quem sucedeu no Borussia Dortmund, dando azo a todo o tipo de comparações, umas mais justificadas que outras.
Como se vê pela história com que arranca este texto, Tuchel é mais metódico e mais frio e nem o futebol dinâmico que as suas equipas sempre apresentam lhe tiram o rótulo de tipo difícil, que exige estar por dentro de tudo o que possa fazer com que os seus futebolistas tenham mais rendimento, seja a política de scouting do clube, as abordagens ao mercado, até à nutrição ou qualidade do sono dos jogadores.