Caeleb Dressel
Natação
Recaía sobre o americano com o braço esquerdo integralmente tatuado as expectativas de sucessão a Michael Phelps, e ele não desiludiu. Aos 24 anos, Dressel sai de Tóquio com cinco medalhas de ouro, três delas em provas individuais (50 e 100 m livres e 100 m mariposa). Não igualou o feito de ganhar oito numa edição dos JO, como Phelps em Pequim 2008, mas deu um exemplo de empatia ao entregar a sua medalha de ouro nos 4x100 m livres a Brook Curry, que nadara nas meias-finais e não na final para lhe ceder o lugar. Os campeões são feitos de classe.
À quarta participação em Jogos Olímpicos, a jamaicana fez um duplo-duplo na velocidade. Aos 29 anos, foi a mais rápida nas duas distâncias de quem escolhe sprintar no atletismo, revalidando os títulos olímpicos do Rio 2016. “Podia ter sido mais rápida se não tivesse festejado cedo, com o braço no ar”, disse, após a vitória nos 100 metros, para desembrulhar alguma da sua dose de confiança. “Mas isso mostra que há mais [potencial] guardado, espero um dia conseguir chegar a esse tempo.” A marca a que se refere é o recorde (10,49) que Florence Griffith Joyner fixou em 1988. Elaine Thompson-Herah ficou a 12 centésimos.

Tom Pennington/Getty
Elaine Thompson-Herah
100 e 200 metros
À quarta participação em Jogos Olímpicos, a jamaicana fez um duplo-duplo na velocidade. Aos 29 anos, foi a mais rápida nas duas distâncias de quem escolhe sprintar no atletismo, revalidando os títulos olímpicos do Rio 2016. “Podia ter sido mais rápida se não tivesse festejado cedo, com o braço no ar”, disse, após a vitória nos 100 metros, para desembrulhar alguma da sua dose de confiança. “Mas isso mostra que há mais [potencial] guardado, espero um dia conseguir chegar a esse tempo.” A marca a que se refere é o recorde (10,49) que Florence Griffith Joyner fixou em 1988. Elaine Thompson-Herah ficou a 12 centésimos.

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Simone Biles
Ginástica artística
Antes de arrancarem os Jogos Olímpicos, a pergunta que se fazia era: com quantas medalhas de ouro vai sair Simone Biles de Tóquio? A resposta é zero. Mas estes serão sempre os Jogos Olímpicos de Simone Biles e da sua coragem de assumir que a sua saúde mental está acima de qualquer recorde, de qualquer medalha de ouro. Biles leva da capital japonesa uma prata no all-around por equipas e um bronze na trave, a única final individual que disputou. Mas o seu legado nestes JO vai muito além disso: foi preciso chegarmos a 2021 para percebermos que os atletas não são máquinas.

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Andre de Grasse
200 metros
“Ele é o próximo”, vaticinou Usain Bolt sobre o canadiano, que admitiu não ter “encarado de forma séria” os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, de onde saiu feliz apenas pelo facto de ter lá estado. Foram cinco anos a carregar pressão na mochila, bagagem a que juntou mais peso quando nos 100 metros de Tóquio ganhou o bronze. Mas nos 200 metros De Grasse finalmente cumpriu a profecia e conquistou a medalha de ouro, fugindo aos três velocistas americanos, que ocuparam os lugares seguintes. Aos 26 anos, o rapaz que começou a correr com botas de basquetebol deverá estar no seu auge durante o próximo ciclo olímpico.

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Tom Daley
Saltos para a água
No Rio de Janeiro, estava “na melhor forma física” da sua vida e sentiu-se, pela primeira vez, como um atleta profissional. “Deixei de beber álcool e nunca fiz batota, nunca”, disse ao “The Guardian”. Mas, em 2016, nem à final individual chegou. Em Tóquio e à quarta participação olímpica, o inglês finalmente mergulhou para uma medalha de ouro na prova sincronizada. Aos 27 anos, é casado, pai e, após tantas expectativas criadas à sua volta, afirmou-se no maior dos palcos: “Sinto-me incrivelmente orgulhoso de dizer que sou homossexual e também campeão olímpico. Quando era novo, pensava que nunca iria alcançar nada por ser quem sou.”

OLI SCARFF
Emma McKeon
Natação
Sai do Japão como a atleta australiana mais medalhada de sempre numa só edição dos JO. No Centro Aquático de Tóquio alcançou dois recordes olímpicos (50 e 100 m livres) e amealhou quatro pedaços de ouro e três de bronze entre provas individuais e por estafetas. Emma McKeon é a segunda mulher na história a conquistar sete medalhas numa participação, juntando-se à soviética Maria Gorokhovskaya, que em 1952 competiu na Ginástica artística. “É tudo surreal. Só através de vocês [jornalistas] é que ouço falar dessas estatísticas”, garantiu a australiana.

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Yulimar Rojas
Triplo salto
Quando um recorde entra na idade adulta, começa a duvidar-se se alguém o impedirá de chegar à velhice. Era o caso do recorde do triplo salto feminino, que fora feito pela ucraniana Inessa Kravets em 1995. Mas em Tóquio esteve Yulimar Rojas, venezuelana de 26 anos e 1,92 m, que saltou mais 17 centímetros, fixando a melhor marca em 15,67 m. “Não tenho teto. Posso conseguir o que o meu coração e a minha cabeça quiserem”, avisou a única atleta a ficar à frente de Patrícia Mamona.

Tim Clayton - Corbis
Karsten Warholm
400 metros barreiras
A cara de espanto do norueguês disse tudo: tinha acabado de ser o primeiro humano a dar uma volta à pista olímpica em menos de 46 segundos e a saltar por cima de obstáculos pelo caminho. Com 45,94 segundos, Karsten Warholm pulverizou o recorde do qual já era dono e fê-lo sem ter nos pés o ‘supercalçado’ moderno da Nike, com solas reativas e com efeito de mola. “Odeio. Se querem amortecimento, ponham um colchão. Se colocam um trampolim, é uma parvoíce. Retira credibilidade ao desporto”, criticou o novo campeão, de 25 anos.

David Ramos/Getty