O Campeonato de Portugal é a terceira divisão do futebol nacional, onde competem 72 clubes, divididos por quatro séries de 18 equipas. O normal seria que os primeiros dois classificados de cada série se apurassem para um play-off, no qual as duas melhores equipas ganhariam a promoção à LigaPro, a segunda divisão.
Desde março, porém, que os tempos que correm não são normais. O futebol foi suspenso e esperou-se até quinta-feira, 30 de abril, para se ouvir António Costa dizer que as únicas competições que o Governo permitiu que seja retomadas são a Liga NOS (primeira divisão) e a Taça de Portugal. Em tudo o resto não se jogará mais nesta temporada.
Não sendo permitido que se jogue, a questão das subidas e descidas de divisão virou um imbróglio que, este sábado, a Federação Portuguesa de Futebol (FPF) desatou no Campeonato de Portugal, por estar contratualmente obrigada por um vínculo assinado com a Liga de Clubes a indicar, no final de cada época, duas equipas para a II Liga.
Impossível que é realizar o play-off, a federação indicou o Vizela e o Arouca como as equipas promovidas à II Liga. Porquê? Reconhecendo "o mérito desportivo", a entidade escolheu o critério de indicar os líderes das séries com maior número de pontos "à data em que a prova foi dada por concluída".
Portanto, o Vizela tinha 60 pontos, o Arouca estava com 58, o Olhanense ia nos 57 (como o Real Sport Club) e o Praiense acumulava 53 pontos.
Na quinta-feira, fonte da FPF dissera à agência "Lusa" que não haveria subidas ou descidas nos campeonatos distritais, que são organizados pelas 22 associações distritais do país.
A 8 de abril, a federação decidira "dar por concluídas, sem vencedores, todas as suas competições seniores que se encontram nesta data suspensas, não sendo atribuídos títulos nem aplicado o regime de subidas e descidas".
Tem alguma questão? Envie um email ao jornalista: tribuna@expresso.impresa.pt