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Fernando Madureira sem rodeios: “Uma claque não é um grupo de escuteiros, nem eu sou professor de moral e religião”

Fernando Madureira, antigo líder dos Super Dragões
Fernando Madureira, antigo líder dos Super Dragões
RUI DUARTE SILVA

Líder dos Super Dragões foi um dos oradores do simpósio 'Violência versus Valores", organizado esta sexta-feira pela Associação 'Amar Gaia'. Fernando Madureira, que segunda-feira ficará a saber se o Tribunal Criminal do Porto confirma o castigo do IPDJ de o afastar seis meses dos estádios, não diaboliza mas também não branqueia o papel das claques: "Não são grupos de excurcionistas a Fátima"

Fernando Madureira sem rodeios: “Uma claque não é um grupo de escuteiros, nem eu sou professor de moral e religião”

Isabel Paulo

Jornalista

Convidar o conhecido e contestado líder dos Super Dragões para um painel sobre “Prevenção da Violência nos Grupos de Adeptos Organizados” é uma provocação? A Associação de Desenvolvimento de Gaia, promotora do Simpósio de Futebol 'Violência vs Valores”, entendeu que o debate ganharia com o testenhunho de quem dirige uma claque há mais de 20 anos, um atrevimento "censurado nas redes sociais e na comunicação social”.

Fernando Madureia, mais conhecido por 'Macaco' no mundo da bola, não é homem de se acanhar ou de ter papas na língua, muito menos quando se sente acossado. "Quero agradecer à organização por não ter cedido a pressões para me afastar", afirmou logo a abrir a sua intervenção, repudiando quem num país democrático o quis “silenciar” ou se escusou a estar presente em sinal de represália.

Quem? “O intendente João Caetano, do Comando Metropolitano da PSP - Porto. Desistiu de vir porque cedeu ao boicote da máquina de propaganda benfiquista ”, remata Madureira ao Expresso, felicitando a participação no debate do capitão da GNR Flávio Sá “por não se ter deixado condicionar pela pressão mediática”.

Depois dos recados dados, questionado sobre a ação dos GOA (Grupo de Adeptos Organizados) no fenómeno da violência no futebol, o avançado do duro Canelas 2010 respondeu curto e direto: “Uma claque de futebol não é um grupo de escuteiros ou de excursionistas a Fátima. Com todo o respeito por quem vá ao santuário”.

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