Se havia algum argentino que não conhecia Kylian Mbappé, na final do Mundial 2022 passou a conhecer. Apesar de a França ter saído derrotada da partida, o jogador do Paris Saint-Germain marcou quatro golos e, por momentos, foi o responsável pelas esperanças da seleção europeia. A marca que deixou foi tal que até nos festejos da Argentina esteve, de certa forma, presente.
Em causa estão o momento em que o guarda-redes Emiliano Martínez pediu “um minuto de silêncio em memória de Kylian Mbappé” durante as celebrações no balneário e quando o mesmo jogador desfilou em Buenos Aires com um boneco de um bebé no qual estava colada uma fotografia da cara do francês.
Agora que terminou o Mundial e os jogadores estão de regresso aos seus clubes, significa que Mbappé e Messi vão voltar a partilhar o balneário. Poderão os gestos de Martínez após a vitória da Argentina ter alguma influência na relação entre os dois? Christophe Galtier, treinador do PSG, considera que não.
“O que aconteceu nas celebrações pertence aos argentinos, não tenho de lidar com o caso do guarda-redes. O que é importante é o que vi na final. Eu vi o Leo e o Kylian de mãos dadas, é um sinal, há muito respeito entre eles. Há também a atitude exemplar do Kylian após o jogo, antes da apresentação do troféu ele felicitou o Leo e o treinador argentino”, disse o treinador em conferência de imprensa.
Galtier realçou ainda que Messi não foi o autor de nenhum dos festejos em questão e por isso não há motivos para misturar as coisas.
“O que vi depois da final, o que vivi aqui durante quatro meses, não há razão para misturar tudo. O comportamento do guarda-redes é o que é, não tenho de o comentar. O que é importante é a relação entre o Kylian e o Leo. O Kylian teve uma atitude muito boa, apesar da desilusão de ter perdido a final. Com muito conhecimento e muita classe foi saudar o Leo, é bom para o clube, para a equipa”, afirmou.
Poucos dias após a final do Mundial, Mbappé juntou-se aos colegas de equipa e voltou a treinar. Messi só vai regressar a Paris no início de janeiro, altura em que ficará claro se os jogadores irão realmente saber separar as coisas.
Enquanto isso não acontece, Messi continua a ser celebrado por todo o mundo, especialmente na Argentina e no Catar, país anfitrião do Mundial 2022. Uma das notícias mais recentes chega exatamente do país do Médio Oriente. A Universidade do Catar, local onde a seleção da Argentina ficou ao longo do torneio, anunciou que o quarto de Messi será transformado num pequeno museu. Segundo a agência de notícias “QNA”, o quarto vai deixar de estar disponível para convidados e vai passar a ser uma área com pertences do jogador que poderá ser visitada.
“O quarto do jogador da seleção argentina Lionel Messi permanecerá inalterado e continuará disponível apenas para visitantes e não para residência”, disse Hitmi al Hitmi, diretor de comunicações e relações-públicas da Universidade do Catar, ao jornal “Al Sharq”. “Será um legado para os estudantes e as gerações futuras e uma testemunha dos grandes feitos que Messi alcançou durante o Campeonato do Mundo”.