A seleção inglesa está preparada para eventuais castigos por parte da FIFA por insistir em usar a braçadeira colorida “OneLove”, um protesto antidiscriminação, no Mundial do Catar, de acordo com a agência Associated Press (AP). Foram 10 as equipas nacionais que aderiram à iniciativa, sendo que oito se qualificaram para o torneio. Além de Inglaterra, têm usado a braçadeira os Países Baixos – fundadores da ação -, Bélgica, Dinamarca, França, Alemanha, Noruega, Suécia, Suíça e País de Gales.
Segundo a AP, a FIFA tem sido pressionada para permitir que os capitães de cada uma dessas equipas possam encabeçar o protesto num país onde a homossexualidade é proibida. Para já, e tendo em conta que o Mundial tem início no mês de novembro, não foi dada qualquer garantia por parte do organismo que tutela o futebol internacional.
Apesar disso, Inglaterra já se chegou à frente, assumindo o risco. As regras da FIFA proíbem as equipas de levar braçadeiras com os seus próprios desenhos para o Campeonato do Mundo e obrigam as nações a utilizar equipamento fornecido pela organização. Diz a AP que a Federação Inglesa de Futebol (FA) faz questão de apoiar a inclusão, mesmo que isso signifique sofrer consequências.
Fonte da agência noticiosa garantiu que Harry Kane, o capitão inglês, vai mesmo usar a braçadeira no Catar. Apesar de a notícia não ter sido ainda confirmada publicamente, a fonte em causa acrescentou que a FA pediu autorização para o uso do objeto, mas, após três semanas, ainda não recebeu qualquer resposta. A mesma pessoa garantiu que há uma comissão da UEFA a fazer pressão a favor da “OneLove”, com outras seleções europeias a mostrar vontade de se juntarem à iniciativa.
Harry Kane falou recentemente sobre a campanha: “Como capitães, podemos estar a competir uns contra os outros no relvado, mas estamos juntos contra todas as formas de discriminação. Isso é ainda mais relevante quando a divisão é tão comum na sociedade. Usar a braçadeira em nome das nossas equipas irá enviar uma mensagem clara quando o mundo estiver a ver”.