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Se Wayne Rooney fosse Erik ten Hag, o que faria para o jogo com o Liverpool? “Deixava Cristiano Ronaldo de fora”

O antigo avançado do Manchester United diz que o neerlandês não deve apostar no português como titular frente ao Liverpool, na segunda-feira, depois da falta de forma e energia que Ronaldo demonstrou na humilhação com o Brentford. Rooney reitera ainda que o United deve deixar o avançado sair do clube e olhar para o futuro, apostando em jogadores jovens

Lídia Paralta Gomes

Etsuo Hara/Getty

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O Liverpool - Manchester United que fecha a 3.ª jornada da Premier League não será, como historicamente, um encontro entre duas equipas a lutar pelos primeiros lugares, mas sim um confronto de duas formações em crise. Se a equipa de Klopp começou a época com dois empates, o United está mergulhado numa enorme depressão: ainda não pontuou no campeonato e na 2.ª jornada foi humilhado pelo Brentford por 4-0.

E é de Manchester United que falamos aqui. Ou pelo menos daquilo que o United precisará para sair do buraco e evitar mais uma derrota, frente ao seu grande rival histórico. Para Wayne Rooney, antigo jogador dos red devils, hoje treinador na MLS, a solução imediata é simples: Erik ten Hag não deve colocar Cristiano Ronaldo a jogar.

“Eu deixava o Cristiano Ronaldo de fora”, escreveu o antigo avançado inglês na coluna que mantém no “Times”. Rooney justifica a opção sublinhando que se estivesse no lugar de Ten Hag, a sua maior preocupação seria “trazer energia para o relvado”, algo que faltou ao português frente ao Brentford. “O United confiou no Ronaldo frente ao Brentford mesmo com pouco tempo de treino com a equipa. Parece-me que ele necessita de tempo para estar em forma para fazer um jogo”, explicou Rooney, que partilhou balneário com o capitão da seleção nacional na primeira passagem deste por Manchester.

Rooney reiterou algo que já havia escrito na sua coluna do jornal britânico: se Ronaldo quer sair, o United deve deixá-lo ir porque a equipa tem de olhar para o futuro a médio prazo: “Ele é um grande jogador e vai sempre marcar golos, mas a tarefa de Ten Hag é a de construir uma equipa que possa competir pelo título em três ou quatro anos. E isso significa reconstruir com jogadores jovens”.

Ainda sobre o jogo com o Liverpool, Wayne Rooney teme o resultado para o United caso a sua antiga equipa se apresente em campo com a mesma atitude apática que significou o desastre frente ao Brentford - ao intervalo, já perdia por 4-0.

“Se não correres, se não te esforçares, vais perder com qualquer equipa. Nunca tinha visto o Manchester United tão em falta nessas qualidades básicas”, diz, sublinhando que foi “difícil de assistir à humilhação com o Brentford” e que Erik ten Hag tem de ter como prioridade encontrar alguma competitividade. Caso não aconteça, Rooney teme que o United possa sofrer na segunda-feira “uma derrota ainda mais pesada” em Anfield do que os 5-0 da época passada.

“Mas eu não creio que isso vá acontecer - não consigo imaginar o United a ganhar, mas acredito que vai haver uma reação e que vão perder por um ou até conseguir um empate”, remata Rooney na sua coluna, positivo dentro do pessimismo com a época da equipa com a qual venceu cinco títulos da Premier League e uma Liga dos Campeões. Outros tempos.