É em setembro que, por hábito, a Federação Portuguesa de Natação (FPN) divulga os calendários competitivos para a respetiva época. A partir desse mês, é intenção da entidade anunciar também a aplicação de “medidas” nas competições femininas vindas da decisão com que a entidade responsável por gerir a modalidade a nível internacional causou turbulência além-águas no desporto mundial: aprovou uma “nova política de inclusão de género” que restringe a participação de algumas atletas trans em provas de mulheres.
A Federação Internacional de Natação (FINA) revelou, no domingo e já durante os Mundiais que decorrem em Budapeste, os novos critérios de elegibilidade para nadadoras trans serem autorizadas a participar em competições femininas, nos quais se definiu uma espécie de ‘fronteira’ na puberdade masculina — só quem provar que não a teve antes dos 12 anos de idade ou não passou pela fase 2 de Tanner (uma escala científica para medir a maturação sexual e desenvolvimento corporal com base no tamanho da pilosidade e dos genitais) será autorizada a participar. Durante os próximos seis meses, a entidade vai estudar a hipótese de criar uma nova categoria destinada à competição entre atletas trans.