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“Quem gosta de futebol, gosta do Benfica”: as primeiras palavras de Roger Schmidt em Lisboa

Para os lados da Luz já só se pensa na próxima época e os planos começam com a chegada do novo treinador, Roger Schmidt. O alemão está focado no clube desde maio, quando deixou o PSV, mas só agora fez a mudança oficial para a capital portuguesa

Rita Meireles

NurPhoto

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O campeonato terminou há pouco mais de uma semana, mas o Benfica já entrou em modo “o que lá vai, lá vai” e apontou direções para o futuro. E começou com a chegada da primeira peça do puzzle 2022/23 a Lisboa. Roger Schmidt chegou esta terça-feira à capital portuguesa e já teve tempo para começar a arriscar no português e assinar contrato no Estádio da Luz.

Ainda na zona de chegadas do aeroporto, o treinador alemão iniciou a conversa com os jornalistas com um “bom dia” em português e mostrou-se feliz por estar numa cidade e num país que considera "lindos". Se os primeiros elogios agradaram a todos os portugueses, o que se seguiu pode muito bem ter ajudado a convencer muitos benfiquistas em relação à contratação do treinador.

“O Benfica é um grande clube, um dos melhores do mundo. Amo o futebol e quem gosta de futebol gosta do Benfica. Quando surgiu a oportunidade, isso ficou na minha cabeça, achei que seria muito bom para mim ser parte da família do Benfica, estou entusiasmado por trabalhar aqui”, afirmou.

Schmidt falou também sobre o plantel, sobre o qual considera saber tudo o que precisa neste momento. A partir do dia 27 de junho, quando o clube regressa aos trabalhos, o que o treinador pretende é que a equipa consiga “mostrar boa mentalidade e bom futebol” e o que espera sentir da parte dos seus jogadores é que “dão tudo em campo para vencer”. Sobre novas contratações, em particular o rumor em volta de Ricardo Horta, do Sp. Braga, o alemão não disse muito.

“Não é dia de falar em jogadores. Em relação à equipa, claro que precisamos de ajustes, mas há grande potencial na equipa atual e na formação”, garantiu.

Seguiram-se questões sobre a Liga dos Campeões e a liga portuguesa. O treinador não aprofundou muito o tema da qualificação europeia, dizendo apenas que “ainda falta muito” e que a equipa irá trabalhar para preparar a competição. Do campeonato português conhece “o suficiente” e não estranha estas mudanças entre países.

“Gosto de trabalhar em novas ligas, tenho experiência no estrangeiro. Portugal é um grande país de futebol, estou ansioso para começar a minha experiência aqui”, afirmou.

Além do Delbrücker SC, Preussen Munster e Bayer Leverkusen no seu país, Schmidt treinou ainda o Red Bull Salzburg (Áustria), o Beijing Guoan (China) e o PSV (Países Baixos).

Depois da conversa com os jornalistas no aeroporto, o alemão seguiu para o Estádio da Luz onde se encontrou com Rui Costa, presidente do Benfica, e assinou contrato por duas épocas. No museu Cosme Damião, rodeado dos troféus do clube, Roger Schmidt tornou-se o segundo treinador alemão no comando técnico do clube da Luz, seguido de Jupp Heynckes.