Como foi parar ao Dínamo Zagreb?
Tive várias abordagens, mas a proposta do Dínamo foi a mais concreta. O Dínamo antecipou-se porque fui vendido no início de junho. Normalmente os clubes nem compram tão cedo, mas o clube fazia a qualificação para a Liga dos Campeões em julho e começou a preparar a época mais cedo.
Quando aterrou na Croácia qual foi a primeira impressão?
A primeira vez fui com o Baidek e com o advogado. A minha mulher já lá tinha estado, e nas férias também fomos ver a Croácia, por isso quando aterrei em Zagreb já estava ciente do que ia ver. Não é na costa da Croácia, que é muito bonita e aconselho todas as pessoas visitar, mas é uma cidade bonita.
Como foi recebido no balneário?
Bem. O Ivo Pinto estava lá desde o ano anterior, o Ruben Lima também, embora naquela altura tivesse sido dispensado. Mas foi também o Paulo Machado e mais tarde chegaram o Wilson Eduardo e o Eduardo, o guarda-redes.
Como era o seu inglês?
Não era bom. Por sorte, no ano anterior eu tinha tido aulas de inglês, porque a minha mulher avisou-me que se um dia fosse para fora ia precisar. Acabou por ser importante. Mas naquela altura o meu inglês não era bom porque na escola eu tinha francês.
O que achou dos croatas?
Não sei se foi devido à guerra, mas era um povo um pouco frio e fechado. Embora no clube fossem muito amáveis e prestáveis. No início, como éramos cinco portugueses, estávamos sempre juntos no balneário, almoçávamos juntos, passávamos muito tempo juntos, mesmo em família, e por isso não tinha muito contacto com o jogador croata. No último ano e meio tive uma lesão grave e estive 18 meses parado, como fiz a recuperação numa clínica lá aproximei-me mais dos croatas, ia jantar e sair com eles. Aí é que comecei a conhecê-los melhor e gostei muito.
Tem alguma questão? Envie um email ao jornalista: AAbreu@expresso.impresa.pt