
Em vigor nas competições europeias desde 1965, a norma que dava vantagem à equipa que marcava golos fora numa eliminatória foi extinta esta época. O futebol português adere à tendência na próxima temporada. O que pensam os protagonistas?
Em vigor nas competições europeias desde 1965, a norma que dava vantagem à equipa que marcava golos fora numa eliminatória foi extinta esta época. O futebol português adere à tendência na próxima temporada. O que pensam os protagonistas?
Jornalista
Quando a moeda deu cambalhotas no ar, armando-se em juíza de fortunas, Liverpool e Colónia já haviam jogado mais de 300 minutos inconclusivos nos quartos de final da Taça dos Campeões Europeus, distribuídos pelas duas mãos, play-off e respetivos prolongamentos. Estávamos em março de 1965, não havia desempate por penáltis (só chegaria em 1970). A aterragem daquele pedaço metálico algures na relva do campo do Feyenoord, em Roterdão, ditou que os ingleses seguiam em frente. Os cartolas do futebol terão decidido ali mudar o panorama das eliminatórias europeias para combater as hesitações que o jogo não resolvia. Como era um desassossego jogar fora, a UEFA passou a dar mais valor ao golo estrangeiro, tentando assim incentivar a ousadia forasteira e criar um fator para balançar o agregado final dos resultados.
E assim foi criada a regra que beneficiava quem fazia mossa longe de casa, a tal que as ruas batizaram com a mítica frase “golos fora valem o dobro”. A estreia do novo formato deu-se na segunda ronda da Taça das Taças, em 1965, num Budapest Honvéd-Dukla, uma eliminatória que terminou com quatro golos para cada lado. Os húngaros fizeram três golos em Praga e acabaram por seguir em frente.
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