Mino Raiola, empresário de futebol italiano, morreu aos 54 anos, vítima de uma patologia pulmonar que há vários meses o mantinha doente. Sujeito a uma intervenção cirúrgica em janeiro, num hospital de Milão, há várias semanas que o seu estado de saúde se vinha a agravar.
Na última quinta-feira, vários meios internacionais anunciaram a morte de um dos agentes mais poderosos e polémicos do futebol, informação que seria desmentida pelo próprio através da sua conta verificada do Twitter. “Estou furioso porque tentaram matar-me pela segunda vez em quatro meses”, escreveu então, mas 48 horas depois foi pelo mesmo meio que a família do empresário confirmou o fim da luta de Raiola.
"É com uma pena infinita que anunciamos a morte do mais fantástico e cuidadoso agente de futebol que alguma vez existiu", pode ler-se no comunicado. "O Mino lutou até ao fim com a mesma força que colocava na mesa de negociações para defender os nossos jogadores. O Mino tocou a vida de tantos através do seu trabalho e escreveu um novo capítulo na história do futebol moderno. A sua presença fará falta", diz também o texto assinado pela família Raiola.
Apesar de desmentida a morte de Raiola na quinta-feira, o médico que o acompanhava no hospital de San Raffaele, em Milão, tinha deixado claro que o empresário estava a "lutar pela vida". Nesse mesmo dia, de acordo com a imprensa italiana, Zlatan Ibrahimovic visitou o agente para o que terá sido uma despedida.
Raiola era um dos principais nomes do mundo dos agentes de futebol das últimas duas décadas. Além de representar futebolistas como Ibrahimovic, Erling Haaland, Paul Pogba, Mario Balotelli ou Gigi Donnarumma, o italiano ficou conhecido por exigir comissões milionárias nas transferências que intermediava e por uma relação conturbada com pesos pesados do futebol, como a FIFA ou Sir Alex Ferguson.