Com a pandemia numa fase mais controlada, Budapeste, na Hungria, conseguiu ser a única das 11 cidades organizadoras do Euro 2020 a permitir casa cheia nos jogos. Os primeiros a pisar o Puskás Arena foram Portugal e a seleção anfitriã, um jogo que contou com cerca de 61 mil adeptos nas bancadas. Do total, calcula-se que seis mil sejam portugueses, uma vez que esse foi o número de bilhetes recebidos pela Federação Portuguesa de Futebol.
Ao longo do jogo, e mesmo antes e depois, saltaram à vista as imagens de adeptos sem máscara nas bancadas e no exterior do estádio ou a ausência de distanciamento social. Ainda que o uso de máscara seja aconselhado, não é obrigatório e isso deve-se, em grande parte, ao reduzido número de novos casos associados à covid-19, resultante do avançado processo de vacinação no país.
Se por um lado, e principalmente para quem vê a partir de um país onde as restrições ainda são uma realidade, as imagens levantam dúvidas em relação à segurança dos adeptos no que à covid-19 diz respeito, por outro todos os adeptos presentes foram obrigados a apresentar um teste negativo realizado até 72 horas antes do início da partida ou o certificado de vacinação
Apenas para o Euro 2020, a Hungria, que até aqui tinha as fronteiras fechadas, abriu as portas a turistas portadores de bilhete para a competição, sem obrigatoriedade de quarentena. No regresso a casa, os adeptos portugueses terão que voltar a apresentar um teste com resultado negativo. Neste caso, além do teste PCR, realizado 72 horas antes da hora da viagem, é também aceite o teste antigénio rápido, desde que realizado nas 24 horas anteriores ao embarque.
Os adeptos que quiserem permanecer na Hungria podem fazê-lo, uma vez que foi eliminada a regra inicial que impunha um limite de 72 horas para a permanência no país de qualquer adepto com bilhete para o jogo.
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