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Um português, um senegalês e um turco entraram num clube. E, liderados por Luís Castro, fizeram do Dunkerque a “equipa da moda” em França

Um português, um senegalês e um turco entraram num clube. E, liderados por Luís Castro, fizeram do Dunkerque a “equipa da moda” em França
USL Dunkerque
O emblema do norte gaulês, que nunca esteve na Ligue 1, está na luta pelos primeiros lugares da Ligue 2. Propriedade de um grupo turco e com o ex-internacional senegalês Demba Ba como responsável pelo futebol, o Dunkerque é orientado por Luís Castro. Em conversa com a Tribuna Expresso, o técnico explica como contornou as dificuldades iniciais, detalha a forma de jogar da sua equipa, que garante ter a “melhor relação orçamento/pontos somados” de França, e fala das ambições de futuro
Um português, um senegalês e um turco entraram num clube. E, liderados por Luís Castro, fizeram do Dunkerque a “equipa da moda” em França

Pedro Barata

Jornalista

Em 2023, Luís Castro tinha a sensação de “já ter atingido o nível mais alto possível” no futebol de formação. A perceção era justificada, dado que levara, em 2022, o Benfica a históricas conquistas da Youth League e da Taça Intercontinental sub-20, êxitos que tiveram, dentro do campo, protagonistas como António Silva, Tomás Araújo ou João Neves.

A ambição do técnico natural de Moreira de Cónegos era ir trabalhar para um dos cinco principais países do futebol europeu — Espanha, Inglaterra, Alemanha, França e Itália —, mas sabendo que a sua trajetória não lhe permitiria, ainda, aceder a uma divisão principal. Assim, um empresário luso-francês fez-lhe chegar uma abordagem que, inicialmente, não o deixou “muito entusiasmado”, confessa.

O convite era do USL Dunkerque. Clube que nunca esteve na Ligue 1, o passado recente do emblema do Norte de França andava pelo terceiro e quarto escalões gauleses. A equipa subira, em 2022/23, para a Ligue 2, preparando-se para a sua terceira temporada na segunda liga francesa no século XXI.

Foi aí que um português se uniu a um turco e um senegalês e tudo mudou. O Dunkerque havia sido, recentemente, comprado pelo Amissos Group, uma empresa de investimento fundada pelo empresário turco Yüksel Yildirim, que já era dono do Samsuspor. Para liderar o futebol do Dunkerque foi contratado Demba Ba, antigo avançado senegalês com uma extensa carreira na elite, apontando mais de 200 golos ao serviço de Hoffenheim, West Ham, Newcastle, Chelsea ou Besiktas.

Ao reunir-se com Demba Ba, a ideia de Luís Castro mudou. “Quando ele me disse quais eram os objetivos e as razões pelas quais pensou em mim, tudo começou a fazer sentido na minha cabeça, achei que poderia ser um projeto interessante. O Demba tinha ideias claras sobre a equipa, sobre o futebol que queriam praticar, demonstrou que tinha visto os meus jogos. Vi que era algo estruturado e pensado. Sabia que seria difícil, mas aceitei”, diz o treinador em conversa com a Tribuna Expresso.

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