Manifestantes pró-Palestina bloqueiam estradas em Madrid e última etapa da Vuelta é cancelada. João Almeida confirma segundo lugar
Dario Belingheri
A 21.ª tirada da corrida deveria concluir-se com um circuito na capital espanhola. Não obstante a grande presença policial e as garantias dos responsáveis políticos, os protestos impossibilitaram que a competição, em que João Almeida terminou em segundo, fosse concluída
Para fechar uma Vuelta recheada de incidentes relacionados com protestos a favor da Palestina e contra Israel, a última grande volta de 2025 nem sequer terminou como previsto. A 21.ª e derradeira etapa, que em teoria concluiria com um circuito em Madrid, foi cancelada quando faltavam quase 60 quilómetros.
Em Madrid temia-se um subir de tom, pelo que houve um enorme reforço policial. 1500 agentes foram convocados e Isabel Díaz Ayuso, presidente da Comunidade de Madrid, garantiu que haveria condições de segurança.
No entanto, o caos foi-se apoderando da capital. Manifestantes derrubaram as barreiras de segurança que foram colocadas para permitir a passagem dos corredores, verificando-se, também, cargas policiais.
Tim de Waele
Quando o pelotão estava prestes a entrar no circuito, rodando no Paseo de la Virgen del Puerto, perto do Palacio Real, manifestantes bloquearam a estrada. Simultaneamente, noutras zonas do trajeto, ativistas também foram para a estrada.
A etapa foi, num primeiro momento, neutralizada. Passados poucos minutos, o organização decidiu, mesmo, cancelar a tirada. Não haverá, assim, vencedor da jornada, confirmando-se o triunfo de Jonas Vingegaard e o histórico segundo lugar de João Almeida, que iguala o que Joaquim Agostinho fez em 1974.
Parte dos protestos ao longo desta Vuelta estão relacionados com a presença da equipa Israel-Premier Tech. A equipa, como medida de segurança, deixou de utilizar símbolos de Israel e parte do staff corre sem quaisquer referências ao conjunto.