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Autoridade Antidopagem de Portugal suspende sete antigos ciclistas da W52-FC Porto

Cerca de mês e meio depois de suspender oito atletas, na sequência da operação ‘Prova Limpa’, e de a União Ciclista Internacional retirar a licença desportiva à equipa, a ADoP divulgou as sanções a sete desses antigos elementos da W52-FC Porto. Para um deles, João Rodrigues, a suspensão é de sete anos

Diogo Pombo

Robertus Pudyanto/Getty

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Sete ciclistas que pedalaram pela W52-FC Porto, equipa à qual a Federação Portuguesa de Ciclismo retirou a licença de competição há cerca de mês e meio, impedindo a presença na mais recente edição (83.ª) da Volta a Portugal, foram alvo de sanções da Autoridade Antidopagem de Portugal (ADoP) e a todos se aplicou uma suspensão de, pelo menos, dois anos.

Os castigos, divulgados esta terça-feira, visam ciclistas que representaram a W52-FC Porto até às semanas prévias ao arranque da última prova-rainha do ciclismo português - na altura, foram suspensos oito na sequência da operação ‘Prova Limpa’ e único elemento que não esteve envolvido em qualquer ilícito de doping foi Amaro Antunes, tricampeão da Volta a Portugal.

A ADoP aplicou sanções a sete desses oito ciclistas - José Fernandes, Samuel Caldeira, Rui Vinhas, Ricardo Mestre, Ricardo Vilela, Daniel Mestre e João Rodrigues -, todos por “posse de substância proibida” ou “método proibido”. Os seis primeiros receberam uma suspensão de três e o último, além de castigado, também, por “passaporte biológico”, foi alvo de uma suspensão de quatro anos da parte da União Ciclista Internacional (UCI).

A duração das suspensões anunciadas, contudo, poderão vir a ser encurtadas, como ressalva a entidade ao indicar que “se o praticamente admitir a violação da norma antidopagem e aceitar o período de suspensão, pode beneficiar de uma redução de um ano”.

Na semana passada, a 27 de setembro, Adriano Quintanilha, o diretor-desportivo da W57-FC Porto, confirmou ao “Jornal de Notícias” o pedido enviado à federação para a equipa se reinscrever no pelotão continental. O dirigente afirmou-sedisponível para colaborar” em “fazer um ciclismo limpo e com verdade”, assegurando que “todas as pessoas que vierem a integrar a equipa, sejam elementos do staff ou ciclistas, só o farão depois de a federação [lhe] garantir que não há nada em contrário”. Garantiu, igualmente, que todos terão de possuir um passaporte biológico e ser testados mensalmente.