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União Ciclista Internacional suspende W52-FC Porto, que fica impedida de participar na Volta a Portugal

Federação Portuguesa de Ciclismo confirma que foi notificada pela UCI, que retirou a licença desportiva à equipa, que tem oito ciclistas e dois membros do staff suspensos na sequência da operação Prova Limpa. A W52-FC Porto procurava atletas para estar à partida da Volta a Portugal

Lídia Paralta Gomes

Robertus Pudyanto/Getty

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A W52-FC Porto viu a União Ciclista Internacional (UCI) retirar-lhe a licença desportiva, na sequência da suspensão de oito atletas e dois elementos do staff pela Autoridade Antidopagem de Portugal (ADoP), no âmbito da operação Prova Limpa.

A suspensão da equipa foi confirmada pela Federação Portuguesa de Ciclismo.

"A Federação Portuguesa de Ciclismo confirma que foi notificada pela União Ciclista Internacional (UCI) de que esta entidade decidiu retirar a licença desportiva à equipa continental W52-FC Porto, na sequência da informação recebida pela UCI sobre o processo que decorre na Autoridade Antidopagem de Portugal", pode ler-se numa nota breve colocada no site da FPC.

"A decisão entra imediatamente em vigor, pelo que a equipa está impedida de voltar a competir", diz ainda a federação. A W52-FC Porto não poderá assim estar à partida da Volta a Portugal, que começa a 4 de agosto. A equipa estava inscrita da prova, apesar de ter apenas três ciclistas não suspensos, e tentava encontrar outros atletas para conseguir estar na competição. Intento que a UCI, órgão máximo do ciclismo, vem agora colocar fim.

No final de abril, 10 corredores da equipa e dois membros do staff, incluindo o diretor-desportivo Nuno Ribeiro, foram constituídos arguidos após uma operação a cargo do Departamento de Investigação e Ação Penal do Porto, com a colaboração da ADoP. As autoridades revelaram que foram encontradas e apreendidas “diversas substâncias e instrumentos clínicos, usados no treino dos atletas e com impacto no seu rendimento desportivo”.

Oito desses atletas foram depois notificados e suspensos preventivamente durante 120 dias, ficando desde logo impedidos de estar na Volta a Portugal. Entre os ciclistas suspensos estavam quatro antigos vencedores da prova, que na última década tem sido dominada pela estrutura: João Rodrigues, Rui Vinhas, Ricardo Mestre e Joni Brandão.