Luís Filipe Vieira assinou um documento em que assume que o Benfica deverá pagar 800 mil euros ao empresário César Boaventura. O valor corresponde a 10 por cento da quantia pela qual o jogador Nuno Tavares foi vendido ao Arsenal, em 2021. Na altura em que escreveu a declaração, Vieira já tinha sido detido por suspeitas de fraude e branqueamento no âmbito da Operação Cartão Vermelho e até já se tinha demitido da presidência da SAD benfiquista. Boaventura não era empresário do futebolista e, inicialmente, Vieira considerou que o Benfica não lhe devia qualquer valor. Mas depois de uma conversa com Edu Gaspar, diretor técnico do Arsenal, terá mudado de ideias.
Este ano, Boaventura foi acusado duas vezes pelo Ministério Público (MP). Primeiro, por dez crimes de burla, falsificação de documentos e fraude fiscal por negócios considerados suspeitos na Operação Malapata. Dois meses depois voltou a ser acusado de corrupção pelos procuradores do Porto por tentar aliciar jogadores para perderem contra o Benfica. Em ambos os casos, o MP nunca provou a ligação do clube encarnado com os alegados esquemas do agente, mas demonstrou os indícios de cumplicidade entre Boaventura e Luís Filipe Vieira.
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