Pedro Adão e Silva, ministro da cultura que tem a tutela da Comunicação Social, pede à Federação Portuguesa de Futebol que “reconsidere” a decisão de abrir um processo disciplinar à jornalista Rita Latas, da Sport TV, depois da repórter da estação que detém os direitos de transmissão dos jogos da I Liga ter colocado uma questão a Rúben Amorim não relacionada com o Sporting - Desp. Chaves, o que vai contra o regulamento das competições profissionais de futebol.
O ministro diz ainda estar a acompanhar o caso “com muita preocupação”, sublinha numa nota enviada às redações.
“Acompanho com muita preocupação uma decisão que limita a liberdade de imprensa e que põe em causa princípios basilares da nossa Constituição”, pode ler-se na nota, em que Pedro Adão e Silva frisa ainda que os jornalistas são “por definição livres de fazerem as perguntas que entenderem”.
De acordo com o regulamento da Liga Portugal, as perguntas da flash interview têm de versar “exclusivamente sobre as ocorrências do jogo”. A repórter da Sport TV colocou uma questão a Rúben Amorim sobre o avançado Slimani, com o treinador do Sporting a remeter a resposta para a conferência de imprensa. Um delegado do Sporting terá então indicado ao delegado da Liga que a jornalista havia feito uma pergunta fora do âmbito da partida, o que levou à abertura do processo disciplinar, decisão que Pedro Adão e Silva condena e espera ver revertida.
“Apelo por isso a que o Conselho de Disciplina da FPF reconsidere a sua posição”, diz o texto do Ministério da Cultura.