Luís Frade não é o jogador mais “hype”, mas tem os “quilinhos” que a seleção precisa para ir a uns Jogos Olímpicos “a sério”

Jornalista
Para a bola ébria de resina chegar às mãos do pivô é preciso quase sempre que os centrais a façam passar entre o buraco da agulha. Luís Frade é perito em entrar nos duelos que mais testam a resistência das camisolas num jogo de andebol. “O central é a cabeça do jogo e nós somos o músculo”, desconstrói à Tribuna Expresso.
O internacional português ganhou várias vezes a luta perto da área contra a Noruega e ficou com o caminho livre para a baliza. Frente aos nórdicos, em Tatabánya, o jogador do Barcelona marcou oito golos com uma taxa de aproveitamento de 80%, foi o melhor marcador da seleção, mas Portugal não conseguiu a vitória (32-29), o que não elimina a possibilidade da equipa comandada por Paulo Jorge Pereira chegar a Paris.
Restam a Portugal duelos com a Tunísia e com a Hungria (no domingo, às 20h, RTP2) para tentar alcançar um dos dois primeiros lugares do torneio pré-olímpico. Luís Frade já esteve em Tóquio, quando a seleção nacional se estreou nos Jogos estragados pela covid-19. “Quero viver uma coisa a sério. Não é que os outros tenham sido a brincar...”
Há sensivelmente dois meses, Portugal conseguiu vencer a Noruega. Por que é achas que, desta vez, as coisas não correram tão bem?
Não correram tão bem porque a nossa primeira parte não foi conseguida, não foi o que estávamos à espera. Quando as seleções se equiparam e têm ambas grande qualidade, o jogo pode cair para qualquer um dos lados. O que define são detalhes. Eles estiveram muito bem na primeira parte, tiveram duas ou três ações simples que tiveram muito efeito e nós não conseguimos parar o momento. Na segunda parte, estávamos a remar contra a maré. Fizemos uma boa segunda parte, mas só conseguimos estar a dois golos.
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