Em 2018 tem a sua primeira experiência como treinador principal, em seniores, no Real SC de Massamá. Como aconteceu?
O Al Sharjah queria que eu continuasse a trabalhar no clube. Decidi sair com o Zé Peseiro por questões de ética profissional e de respeito. Vim para Portugal, fomos viver para Braga por causa das escolas internacionais. Entretanto, conheci uma pessoa com quem me dei muito bem, o Pedro Alves, que foi diretor do Estoril Praia e do Olympiacos. Ele ligou-me a perguntar se eu queria treinar uma equipa da II Liga, ou se queria continuar como estava, com o Zé Peseiro, que nessa altura estava a aguardar por um novo projeto. Eu estava muito confortável como adjunto do Peseiro, era o principal responsável por toda a equipa técnica, sempre nos demos bem e temos uma relação muito próxima. Mas o diretor do futebol do Real Massamá, que na altura tinha subido à II Liga e estava em último, queria um novo treinador. O panorama desportivo não era nada fácil, mas o bichinho de ser treinador principal estava cá dentro. Entusiasmei-me muito com as pessoas que me convidaram e embora fosse muito difícil, acho que isso foi ainda mais apetecível. Claro que era um risco muito grande, mas senti que valia a pena arriscar.
Falou com o José Peseiro?
Sim, ele não tinha nada, estava a aguardar, e disse-me que II Liga era muito bom para começar, não via mal nenhum e achava muito bem. Gostei muito de voltar a ser treinador principal, tanto é que acabei por não voltar a estar com o José Peseiro. Não quer dizer que não pudesse, até já esteve muito perto de acontecer. Mas o meu rumo agora é outro e a verdade é que estou muito satisfeito de ter dado esse passo.
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