Na época 2018/19, o Rúben Amorim assumiu o papel de treinador no Casa Pia. A entrada dele trouxe muitas mudanças?
Ele profissionalizou o Casa Pia. Foi mais exigente com questões como a relva estar cortada, estar sempre regada, passámos a treinar de manhã, a fazer mais trabalho de prevenção de lesões, ginásio. Foi ele quem implementou isso no Casa Pia e resultou tanto para mim como para o clube, felizmente.
Como ele era no trato com o grupo?
Muito divertido, muito próximo, muito exigente e sempre pronto para ajudar.
Quando as coisas não corriam como o esperado, como reagia? Dava muitas duras?
Dava duras, sim, mas dava duras com tanto sentido que os jogadores interpretavam como uma coisa boa e não como uma simples dura, porque era muito inteligente na maneira como falava. Na altura ele era mais emotivo, no SC Braga e no Sporting conseguiu gerir isso melhor, mas connosco, como sabia que muitos precisavam daquilo, porque era se calhar a fatia maior do bolo financeiro, queria defender-nos a todo o custo, portanto, ficava muito emotivo e muito sensível. Vivia aquilo com uma paixão muito grande. Recordo-me que em 4/5 meses fiz 25 golos.
Houve alguma dura especial ou algo mais marcante nessa época com Rúben Amorim?
A altura em que ele anunciou que ia embora. Vi mais de metade do balneário a chorar, o que não é muito comum. E ele também chorou.
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