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A casa às costas

“Em Setúbal, entrámos num restaurante que só tinha uma mesa vaga. O dono não nos deixou sentar, disse que naquela mesa só se sentava o Toy”

“Em Setúbal, entrámos num restaurante que só tinha uma mesa vaga. O dono não nos deixou sentar, disse que naquela mesa só se sentava o Toy”
FERNANDO VELUDO / NFACTOS (EXCLU

Dani Soares deixou de jogar futebol aos 39 anos, quando surgiu a pandemia. Após três meses sem sair de casa, acabou por descobrir uma nova paixão, o padel. Esta época voltou aos relvados, como adjunto, uma experiência que está a adorar, de tal maneira que já pensa em fazer mais níveis do curso de treinador. Nesta II parte do Casa às Costas, além do presente, falámos ainda sobre os anos na Grécia e do regresso a Portugal, onde passou por clubes como o V. Setúbal, FC Vizela, Lixa e Maia Lidador

Foi para o Iraklis da Grécia em 2010/11. Como foram as primeiras impressões?
Gostei mesmo muito da cidade, Salónica. As condições do clube eram muito boas também. O Iraklis tinha uma massa associativa incrível. Na Grécia são mesmo fanáticos. Eu jogava numa equipa que equivale a uma equipa mediana em Portugal e tínhamos 30.000, 40.000 adeptos no estádio em todos os jogos em casa. Cantavam desde o primeiro até ao último minuto. Se tivessem de nos assobiar ou criticar, só faziam isso no fim, durante o jogo era só incentivo. Se jogássemos mal, ou se achavam que o pessoal não estava a dar tudo, vinham cobrar-nos depois ao treino ou ao balneário mesmo. Mas durante o jogo, era só incentivar.

Alguma vez teve uma invasão de balneário?
Que me lembre, penso que não, mas recordo-me de uma, no autocarro. Não estavam a gostar da prestação de um colega. Estávamos a chegar ao centro de estágio, o motorista parou, deixou a porta aberta e eles entraram lá dentro. Começaram a falar grego, eu não percebia muito bem, mas via-se que estavam a cobrar junto de um jogador. Só que, quando eles entram, nunca sabes se é para ti, foi um susto.

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