“Tive uma diretora no Ouriense que ia para a última bancada e, com o jogo ainda a decorrer, gritava: ‘Meninas, se ganharmos é bar aberto’”

Jornalista
Nasceu no Funchal. Filha de quem? Apresente-nos a família.
Os meus avós, tanto da parte de pai como de mãe, são madeirenses mas emigraram para a Venezuela à procura de melhores condições de vida. Tenho um irmão e irmã mais velhos, com diferença de 11 e 8 anos para mim, que nasceram na Venezuela. O meu pai começou a trabalhar aos sete anos e, aos 11, perdeu os dedos de uma mão a trabalhar, numa máquina de cortar o pão. Os meus pais vieram para a Madeira com os meus irmãos muito pequeninos e eu já nasci no Funchal.
O que fazem profissionalmente os seus pais na Madeira?
O meu pai tem um café e a minha mãe trabalha com ele. O café fechou na pandemia e está em obras para voltar a abrir com um conceito e um nome diferentes. É o meu irmão quem está a tratar disso.
Em criança deu muitas dores de cabeça?
Eu não era calminha, mas sempre fui muito responsável. Fazia asneiras, mas nunca passava daquele limite da responsabilidade. Os meus pais sempre confiaram em mim. Também é preciso saber fazê-las [risos]. Fiz tudo pela calada.
Tem alguma história que possa contar e que os seus pais ainda não conheçam?
Em pequenina eu ia para o Curral das Freiras, para casa de uma prima, e apesar de termos horas para estar em casa, às vezes fugíamos para ir jogar futebol para o campo com os rapazes.
Gostava da escola?
Sim, não era super estudiosa, mas sempre tive boas notas e gostava de ir para a escola porque sentia que realmente aprendia. Estudei nos Salesianos, tínhamos os jogos nacionais salesianos, vínhamos competir ao continente e adorava.
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