Como surgiu a hipótese de treinar os guarda-redes do Nottingham Forest em 2019/20?
De uma forma incrível. Tinha ido passar um fim de semana à Suíça, com a minha mulher, e recebi um mail de um agente que conhecia o meu trabalho. Dizia: “O Nottingham está em Portugal com a equipa B, não tem treinador de guarda-redes porque foi para a equipa A, estão a pedir-me uma pessoa para estar com eles uma semana em Viana do Castelo, em estágio, pode vir?” [risos]. Eu avalio aquilo com a minha mulher. Era uma loucura, mas como não tinha nada resolvi aceitar.
O que aconteceu depois?
Passei uma semana com os ingleses e no final eles propõem-me um contrato para coordenar todo o departamento de guarda-redes do Nottingham Forest e com possibilidade de poder chegar à equipa A. Decidi aceitar o desafio. Era um contrato de um ano que, ao contrário do que tem sido todos os meus contratos, acabei por não cumprir porque me deixei fascinar.
Com o quê?
No dia em que cheguei a Inglaterra para abraçar este projeto, telefonaram-me a perguntar se queria ir para o Equador. Eu disse que eram loucos. Um treinador de guarda-redes finlandês que me conhecia de conferências, conhecia bem o meu perfil e a minha forma de pensar, diz-me: “Eu vou sair daqui [Independiente del Valle], tenho a cargo o departamento de guarda-redes, não estou na equipa A, mas eles querem trocar o treinador de guarda-redes da equipa A e tu és a pessoa que eu quero indicar para aqui”. Eu tinha acabado de chegar a Nottingham, projeto que me fascinava. Ele pediu-me para pelo menos dar o meu nome. Depois passam quase seis meses de um processo de seleção e de recrutamento, em que no final acabei por decidir ir.
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