Perfil

A casa às costas

“Trabalhei na lavandaria da Fundação Laura Santos, onde jogava. Só passei a ganhar dinheiro com o futebol aos 27 anos. Hoje, jogo na Luz”

Sílvia Rebelo tem 33 anos, é capitã da equipa feminina do Benfica e joga a central, mas iniciou a sua aventura no futebol como avançada, na Fundação Laura Santos, aos 12 anos. Conhece bem as dificuldades do futebol amador, treinou em pelados, levantou-se às cinco da manhã para jogar no mesmo dia às três da tarde e só conseguiu tornar-se profissional há meia dúzia de anos. Natural de Gouveia, foi chamada para representar Portugal pela primeira vez com 16 anos e conta nesta primeira parte do Casa às Costas, como tudo começou e o que teve de fazer para garantir presença nas convocatórias da seleção

Alexandra Simões de Abreu

TIAGO MIRANDA

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Nasceu em Gouveia. O que faziam os seus pais quando nasceu?
A minha mãe era operária fabril e o meu pai motorista.

Tem irmãos?
Tenho um irmão mais velho dois anos e uma irmã mais nova cinco anos.

Era uma criança tranquila ou deu muitas dores de cabeça?
Era calma e tímida, como ainda hoje sou, muito no meu cantinho. E estava sempre mais no meio dos rapazes, por causa do futebol.

Qual a primeira memória de infância que tem?
Andar na rua a jogar futebol com o meu irmão e vizinhos. O futebol marca-me desde o início. Era muito uma menina de brincar na rua.

Tinha alguém na família ligado ao futebol?
O meu tio foi jogador amador e o meu irmão também.

Gostava da escola?
Não, não gostava muito. Conclui o 12.º ano e quando chegou a decisão de ir ou não para a faculdade, os meus pais não me chatearam muito com esse assunto, disseram que era importante, mas como eu nunca gostei muito de estudar decidi que não ia continuar os estudos e preferi ir trabalhar.

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