Qual foi a primeira impressão quando aterrou na Roménia?
O clube [Farul] estava na Turquia, em estágio, por isso fui diretamente para lá, não tive logo o impacto do clube na Roménia. Na Turquia as instalações eram boas, o estágio foi bom. Quando cheguei à Roménia, a realidade foi um pouco diferente [risos]. As condições do clube não eram aquilo que tinha visto na Turquia. O clube passava por algumas dificuldades, estava na II Divisão a lutar para não descer, era um clube com história, mas que tinha parado no tempo.
Como assim?
O estádio estava completamente degradado, as condições de trabalho eram muito complicadas. O que vale é que tenho uma mentalidade muito positiva e de fácil adaptação.
O seu inglês ainda era mau?
Já era melhor. Comecei a consumir mais inglês através dos filmes e das séries, fui aprendendo e praticando.
Que tal era o balneário do Farul?
Fui bem recebido, não era o único português, no total éramos quatro, isso facilitou. Os outros três portugueses eram mais experientes e ajudaram-me na adaptação.
Nunca foi olhado de lado pelos romenos ou vítima de qualquer comentário xenófobo?
Sendo estrangeiros, éramos praticamente os únicos profissionais. E claro que a exigência maior caía sempre sobre nós.
Foi fácil a adaptação ao futebol da II divisão romena?
Foi. Não era muito diferente daquilo a que estava habituado a jogar na III Divisão em Portugal. O nível era idêntico, embora fosse um pouco mais físico.