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A casa às costas

“Ficava a tentar bater bolas paradas como o Cristiano, mas o professor Neca queria que eu apontasse ao joelho do último homem na barreira”

Renato Santos fez todos os escalões de formação no Sporting, mas não conseguiu realizar o sonho de vestir a camisola da equipa principal do clube do coração. Contratado pelo Rio Ave, foi emprestado ao Moreirense e ao Desportivo das Aves, antes de estrear-se no clube de Vila do Conde e na I Liga. Diz que o achavam parecido com Ronaldo e tentou imitar o ídolo, sobretudo na marcação dos livres. Após a subida de divisão no CD Tondela, o Boavista viu valor no extremo que por lá ficou três anos, até partir para Espanha, etapa sobre a qual falamos na segunda parte deste Casa às Costas

Alexandra Simões de Abreu

NUNO BOTELHO

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Nasceu em Ovar, mas cresceu na zona de Pardilhó, Estarreja. O que faziam os seus pais profissionalmente?
O meu avô tinha um matadouro de aves e os meus pais trabalhavam lá.

Tem irmãos?
Tenho duas irmãs mais novas, com diferença de quatro e oito anos.

Como foi a sua infância?
Só queria jogar à bola. Se me dessem uma bola estava tudo bem.

Tinha alguém na família ligado ao desporto ou ao futebol?
O meu pai foi guarda-redes amador, em Estarreja. Durante a semana ia com ele para os treinos e aos fins de semana, aos jogos. Normalmente fazia de apanha bolas na baliza em que ele estivesse.

Sempre quis ser jogador de futebol?
Tive aquela fase como todas as crianças têm, em que dizia querer ser veterinário [risos]. Mas depois comecei a dizer querer ser jogador de futebol, devia ter os meus sete anos, quando comecei a jogar futebol federado, foi aí que comecei a perceber ser aquilo que eu gostava.

Começou a jogar no Estarreja, certo?
Sim. Entretanto, fiz um torneio, organizado pelo Boavista, só que como ainda não tinha idade, tinha seis anos e só aos sete é que podia ser federado, não fiquei, apesar de eles quererem. Os meus pais também preferiam que eu ficasse perto de casa.

Em casa torcia-se porque clube?
Pelo Estarreja e pelo Sporting.

Quem eram os seus ídolos?
Quando era pequenito, o Luís Figo. Também gostava do Roberto Carlos, embora não fosse da minha posição e do Quaresma.

Da escola, gostava?
Para ser sincero, não posso dizer que gostava. Gostei até um certo ponto, quando começou a ficar mais a sério já gostava menos [risos].

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