Nasceu em Mafamude, Vila Nova de Gaia. Filho de quem?
Tanto a família do meu pai, como a da minha mãe emigraram para o Brasil e eles conheceram-se lá. A minha irmã nasceu em 1986, no Brasil, os meus pais vieram para Portugal em 1989, quando a minha mãe estava grávida de mim.
O que faziam os seus pais profissionalmente?
Sempre trabalharam com cafés e pastelarias, tanto no Brasil como em Portugal. Em Portugal têm um café, na Maia.
Mudou-se para a Maia com quantos anos?
Devia ter uns três anos quando os meus pais foram viver para Gueifães. Vivi lá a infância toda.
Foi uma criança calma ou deu muitas dores de cabeça?
Sempre fui um rapaz calminho. Os meus amigos eram rapazes mais velhos porque andava muito com o grupo de amigos da minha irmã. Nunca dei muito trabalho até aos 15 anos mais ou menos. Depois há aquela fase em que começamos a sair um bocadinho à noite, a fase da rebeldia, mas tirando isso nunca fui problemático.
Gostava da escola?
Gostava. Andava sempre nos mínimos, mas gostava da escola.
O que dizia querer ser quando fosse grande?
Futebolista, sempre foi o meu sonho.
Tinha alguém na família ligado ao futebol?
Ninguém.
De onde veio a paixão pelo futebol?
A minha primeira experiência no futebol foi no Brasil, quando os meus pais foram lá passar férias, tinha eu uns sete anos. Na brincadeira, fui fazer uns treinos num clube pequenino português que lá havia e que se chamava Benfica. Era um clube de bairro. Foi aí que eles viram que realmente eu tinha uma qualidade um bocadinho acima da média. Fui com os meus primos, eles eram mais velhos. Quando regressei a Portugal, a minha mãe decidiu inscrever-me nas escolinhas do Futebol Clube do Porto.
Lá em casa torcia-se pelo FC Porto?
Sim.