Já tinha sido contactado pelo FC Porto quando não renova com o Liverpool?
Não tinha ainda nada definido, mas passados uns dias surgiu logo o FC Porto, através do Jorge Mendes, com quem passei a trabalhar no último ano do Liverpool.
Quando lhe falaram no FC Porto, qual foi a sua primeira reação?
Fiquei muito feliz com o facto de voltar a casa passados quatro anos e meio e de poder jogar no FC Porto. Estava tudo a perfilar-se para ser um ano muito bom. Mas o meu ano no FC Porto foi o mais estranho na minha vida.
Porquê?
O clube foi sempre fantástico e foi provavelmente o melhor balneário que tive na minha carreira. O grupo era muito unido. Só foi estranho porque comecei a jogar na pré-época, as coisas estavam a correr-me bem, os jornais começaram a falar, e de repente, o mister Nuno Espírito Santo tirou-me da equipa e só voltei a entrar quase em dezembro.
Sabe o porquê de ele o ter tirado da equipa?
Não. O que ele me disse é que a nível defensivo precisava de mais coesão. Foi a única coisa que disse. Mas jogar só em dezembro vai uma diferença muito grande. O FC Porto entretanto comprou o Óliver, e gastou muito dinheiro nele. Acho que também foi um bocadinho por aí. Foi o momento mais frustrante da minha carreira até ao momento. Porque sentia que podia e nada acontecia a favor.
Tirando o Óliver, quem é que lhe fazia mais "sombra"?
Na altura normalmente os titulares eram o Danilo, o André André e o Óliver. Mais o Óliver porque tem características mais ofensivas, o Danilo é mais defensivo e o André André é quase um box to box e essas não são muito as minhas características. Depois tinha o Herrera e o Rúben Neves, mas também jogavam, não jogavam, não tinham tanta regularidade como os outros três.