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Wimbledon vai pagar alojamento de tenistas ucranianos e doar receitas de bilheteira ao país

A organização do Grand Slam de relva, sediado em Londres, revelou que vai pagar dois quartos de hotel a cada tenista nascido na Ucrânia que participe na edição deste ano (arranca a 3 de julho). Um parte dos lucros obtidos com bilhetes também irão reverter para o país

Lusa

Al Bello

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A organização do torneio de ténis de Wimbledon vai pagar dois quartos para cada jogador ucraniano e ‘staff’ durante a temporada de relva e doará uma libra (1,12 euros) na ajuda à Ucrânia por cada bilhete vendido.

A informação foi avançada pelo All England Club, esta terça-feira, prometendo essa ajuda financeira – que pode atingir as 500.000 libras (cerca de 564.000 euros) -, depois de a organização ter decidido também, ainda em março, o regresso ao torneio de jogadores russos e bielorrussos.

O contexto da invasão russa à Ucrânia, apoiada pela Bielorrússia, levou a que na última época os tenistas russos e bielorrussos fossem impedidos de participar no principal torneio de ténis de relva no mundo e terceiro do Grand Slam.

Uma decisão que levou, posteriormente, a ATP e WTA, as associações profissionais do circuito, a decidirem que não haveria atribuição de pontos no torneio de Wimbledon de 2022, algo sem precedentes.

Em conferência de imprensa hoje, o presidente do All England Club, Ian Hewitt, admitiu que permitir a participação de russos e bielorrussos este ano, depois de terem sido vetados no anterior, foi a “decisão mais difícil” da sua presidência do torneio.

Apesar da entrada de jogadores dos dois países, o torneio não será transmitido na Rússia e Bielorrússia e os tenistas terão de assinar uma declaração em que se comprometem a não mostrar apoio aos seus países ou à guerra, estando proibidas bandeiras ou qualquer sinal de apoio.

O torneio de Wimbledon deste ano decorrerá a partir de 03 de julho, estando a final de singulares feminina agendada para 15 do mesmo mês e a masculina para o dia seguinte.