O austríaco Dominic Thiem qualificou-se, esta quinta-feira, para os quartos de final do Estoril Open, ao vencer o jovem norte-americano Ben Shelton, em dois sets, no Clube de Ténis do Estoril. Mas, por enquanto, não se vê a ganhar o torneio português.
Vencedor do Open dos Estados Unidos em 2020, Thiem, atualmente no 111.º lugar do ranking ATP, derrotou Shelton, de 20 anos, por 6-2 e 6-2, em uma hora e quatro minutos. Thiem, que até ao Estoril Open apenas tinha uma vitória esta temporada, não chegava aos quartos de final de um torneio ATP desde outubro de 2022, quando chegou às ‘meias’ em Antuérpia.
Nos quartos de final, o antigo número três mundial vai defrontar o vencedor do encontro entre o espanhol Roberto Bautista Agut, 28.º da hierarquia mundial, e o francês Quentin Halys (80.º), que afastou o português Nuno Borges na primeira ronda.
Thiem ainda regressa hoje aos courts do Clube de Ténis do Estoril, para, ao lado do português João Sousa, tentar atingir a meia-final do torneio de pares, defrontando o equatoriano Gonzalo Escobar e o francês Fabien Reboul, terceiros cabeças de série. Para Ben Shelton, 39.º jogador mundial, foi o fim do seu primeiro torneio na Europa e o primeiro em terra batida no circuito ATP.

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Ganhar o Estoril Open? Talvez
“Não [ri-se], vejo-me a jogar os quartos amanhã [sexta-feira] e a dar o meu melhor”, foi a resposta do austríaco ao ser questionado sobre se espera ganhar o título do único torneio ATP português no domingo. Assumidamente “feliz por estar nos quartos” do Estoril Open, o antigo número três mundial acredita que esteve “a um bom nível”, apesar de ainda lidar com muitas dúvidas.
“Não sabia o que esperar, era o meu primeiro encontro frente ao Ben, ele está no circuito há menos de um ano. Foi do zero a top 40 em menos de nada, é um jogador inacreditável, mas também é o seu primeiro torneio em terra batida, o que é espantoso. Tentei jogar verdadeiro ténis de terra batida, com muito spin, e parece que me saí bem”, analisou.
No entanto, Thiem até começou mal, perdendo os dois primeiros jogos do encontro da segunda ronda. “[Passou-me] uma palavra muito feia [pela cabeça]. Estava nervoso, porque joguei contra ele há três dias em pares e também vi o encontro dele de há dois dias [da primeira ronda de singulares] e os encontros dele na Austrália, quando chegou aos quartos de final [do Australian Open]. Tinha muito respeito pelo serviço dele, pela velocidade da bola dele, que é muito elevada. Vim para o encontro com a ideia de ter um bom início e não conceder um break, e, de repente, está 0-2, um início horrível. Mas um ‘contra-break’ imediato ajudou-me”, notou.
O atual 111.º classificado do ranking ATP revelou que começou “a ter uma sensação muito bom com a esquerda entre Indian Wells e Miami”. “E na terra é mais fácil prolongar o jogo, tenho mais tempo, mais chances para trocas de bolas. Miami foi muito rápido. Foram muitos serviços, e menos ‘rallies’, mas aqui tenho a oportunidade de ter pontos longos. Começo a sentir que a esquerda começa a causar danos outra vez”, destacou.