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Ao 2.º jogo do ano, Raducanu lesionou-se e culpou os courts: “Estão escorregadios, não é uma surpresa que isto tenha acontecido”

A tenista Emma Raducanu continua a surfar uma enorme onda de lesões desde que, em 2021, conquistou surpreendentemente o US Open vinda do qualifying. A mais recente aconteceu logo no segundo jogo deste ano, mas, segundo a própria, foi quase inevitável: a britânica não gostou dos courts onde os jogos do torneio ASB Classic se realizaram devido ao mau tempo

Rita Meireles

Phil Walter

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Emma Raducanu começou o novo ano a competir no torneio ASB Classic, na Nova Zelândia, mas as coisas não correram bem. A britânica foi obrigada a abandonar a partida contra Viktoria Kuzmova por causa de uma lesão no tornozelo esquerdo. No final, culpou os courts interiores escorregadios pelo momento que a fez deixar o torneio em lágrimas e que compromete a sua presença no Open da Austrália.

O jogo tinha sido adiado devido à chuva persistente em Auckland e, uma vez que o tempo não melhorou, a organização optou por transferir as partidas para as instalações de treino indoor. Raducanu não ficou satisfeita com a superfície “muito escorregadia” onde jogaram.

“É difícil de aceitar. Nos últimos meses tenho feito muito trabalho físico e tenho-me sentido bem e otimista. Ser parada por uma lesão anormal, enrolar um tornozelo, é bastante dececionante, e logo na primeira semana”, disse Raducanu ao “Stuff”, um site neozelandês. “Os courts estão escorregadios, muito escorregadios, por isso, para ser honesta, não é uma surpresa que isto tenha acontecido a alguém. Vamos avaliar nos próximos dias e ver quais são os próximos passos”.

As lesões têm perseguido Raducanu ao longo dos últimos tempos e desde que os holofotes a perseguem, a partir do momento em que conquistou o US Open em 2021.

Só em 2022, retirou-se de quatro torneios pelo mesmo motivo. Mas a frustração é ainda maior porque o timing não podia ser pior, tendo em conta que o primeiro Grand Slam do ano começa já a 16 de janeiro, em Melbourne. Sabe-se já que a tenista vai viajar para a cidade, mas só mais tarde saberá se pode ou não jogar o Open da Austrália.

Confrontados com as declarações de Raducanu, os organizadores do torneio na Nova Zelândia já responderam, garantindo que os seus courts “estão aptos para se jogar”. O diretor do torneio, Nicholas Lamperin, garantiu que os campos foram aprovados pelo árbitro e por um supervisor do torneio da WTA, a entidade que rege o circuito mundial feminino.

“Lamentamos muito a lesão da Emma”, disse Lamperin ao “The Telegraph”. “Todos os jogadores trabalham arduamente na época baixa e não é isso que se espera quando se joga um torneio na primeira semana. No entanto, as lesões acontecem a toda a hora e também poderia ter acontecido em courts ao ar livre. Lamentamos a situação, mas também dizemos que estas quadras estão aptas para se jogar”.