Tudo está bem quando acaba bem. Era o que parecia quando o tenista Novak Djokovic regressou à Austrália, um ano depois de ter sido deportado do país por não estar vacinado contra a covid-19. Mas esta história ainda não acabou. No ano passado, o sérvio também ficou impedido de competir nos Estados Unidos e, em 2023, parece que os norte-americanos não vão ser tão flexíveis quanto os australianos.
Djokovic poderá, mais uma vez, perder Indian Wells e o Miami Open após as autoridades norte-americanas terem prolongado o período de exigência de vacinação a cidadãos estrangeiros. Embora as restrições sejam menores ou tenham mesmo sido removidas em muitos países, será necessária uma prova de vacinação para entrar nos Estados Unidos até 10 de abril.
Os torneios de Indian Wells e Miami, ambos da categoria Masters 1000, são pesos pesados do calendário de qualquer tenista, o problema é que começam a 6 e 20 de março, respetivamente. O que quer dizer que, a menos que lhe seja dada alguma exceção ou que Djokovic, entretanto, se vacine contra a covid-19, o sérvio irá mesmo voltar a falhar ambos os torneios.
O tenista nunca mudou de ideias em relação à vacinação e a recusa levou-o a ser detido na chegada à Austrália, há um ano. O sérvio acabou por ver o seu visto ser cancelado e foi deportado do país. A decisão de não abrir uma exceção para Djokovic deveu-se ao receio de que isso levasse a um maior movimento anti-vacinação.
Depois do Open da Austrália, o vencedor de 21 torneios do Grand Slam também falhou o US Open pelo mesmo motivo. E estes foram apenas os principais torneios, mas houve mais pelo caminho.
O alívio das restrições na Austrália levaram-no a conseguir começar a temporada em Adelaide, algo que, claramente, não foi um sinal de que este novo ano não terá percalços pelo caminho.