Quando um jogador de ténis chega a um torneio ATP sabe que, à partida, pouco ou muito, algum dinheiro vai amealhar. E que o bolo vai aumentando a cada ronda que passa. É assim que a pirâmide funciona.
Mas depois de revolucionar o sistema centenário da Taça Davis, o grupo Kosmos, que tem como presidente e cara mais mediática o futebolista do Barcelona Gerard Piqué, quer abanar também a forma como os prize money são distribuídos.
De acordo com o “The Telegraph”, em cima da mesa está a criação da Majestic Cup, uma competição com um quadro de 64 jogadores e com prémios milionários. Até aqui, tudo bem. Mas o que difere a Majestic Cup dos demais torneios é que aqui apenas um tenista, o vencedor, claro está, leva todo o prémio, um cheque de quase 8,5 milhões de euros. Os outros vão de mãos a abanar.
Para se ter uma comparação, os vencedores do US Open, torneio que oferece os maiores prémios do circuito, levam para casa cerca de 3,2 milhões de euros.
Diz o “The Telegraph” que o torneio não teria caráter oficial e seria realizado em setembro, na semana que se segue ao US Open, que até este ano estava destinado às meias-finais da Taça Davis, algo que já não acontecerá com o novo formato da Kosmos.
Com a fase decisiva da Taça Davis a disputar-se a partir de 2019 no final da temporada, a empresa procura agora rentabilizar as semanas que ficaram livres no calendário, algo que reforçou numa curta declaração à agência EFE. Onde, no entanto, não confirma nem desmente as novidades avançadas pelo jornal britânico, nomeadamente a criação desta Majestic Cup.
“A ITF e a Kosmos Tennis continuam a trabalhar na análise das diferentes opções e potenciais eventos para as semanas de abril e setembro”, frisou, prometendo novidades num futuro próximo.