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Rúben Amorim: “O Arteta é um exemplo para nós - treinador, clube, adeptos - percebermos que os projetos demoram tempo para haver resultados”

Na conferência de imprensa de antevisão do Sporting - Arsenal (quinta-feira, 17h45, SIC), o treinador dos lisboetas elogiou bastante o adversário, desvalorizando a hipótese de haver mudanças nos ingleses. Quanto às ambições na Liga Europa, assumiu que “vencendo uma equipa como o Arsenal, tudo é possível”, porque o Sporting enfrentaria “os desafios que viessem com uma mente diferente”

Expresso

MANUEL FERNANDO ARAÚJO

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Sporting chega com três vitórias seguidas

“Estamos a viver um bom momento e a jogar bem. Mas não podemos dar grande foco a isso, há duas semanas estávamos a falar de um momento difícil. O futebol é o momento e estamos preparados. Temos um plano, vamos querer ganhar, sabendo das diferenças entre as equipas. Estamos preparados e entusiasmados para o jogo”

Ultrapassar o Arsenal colocaria Sporting como um dos favoritos à vitória na Liga Europa?

“Não ficaríamos como favoritos, mas o futebol não é só físico, é também mental. Vencendo uma equipa como o Arsenal, tudo é possível. Enfrentaríamos os desafios que viessem com uma mente diferente. Mas não vale a pena pensar nisso”

Força do Arsenal nos últimos minutos

“Conhecemos bem o espírito do Arsenal, que vive um momento muito bom. Tem muita fome de vencer e isso vê-se na forma como festejam. Estamos preparados para o melhor Arsenal, sabendo que é uma equipa muito difícil. Mas nestes jogos não é preciso o treinador preocupar-se com a concentração, porque eles vão estar preocupados desde o primeiro minuto. Precisamos de alguma sorte e do nosso talento, que os nossos jogadores apareçam no duelo porque eles deixam muitas vezes homem para homem atrás”

Sente que Sporting teve azar no sorteio?

“É a equipa que sai, é a que vamos defrontar. É olhar pelo lado positivo do sorteio, estamos entusiasmados, vamos ter um jogo muito importante contra uma grande equipa e um grande treinador”

Com Ugarte castigado, Diomandé pode ser médio-defensivo?

“Não vai jogar lá, não treinou lá. Ainda está a aprender as coisas que tem de fazer como central. Seria uma mensagem errada para a equipa, meter mais um central a jogar como médio-defensivo. Não me parece que seja a melhor abordagem, não tendo treinado lá. Se o Diomandé jogar, é a central”

Identifica-se com as ideias de Arteta?

“São campeonatos diferentes, momentos diferentes. O treinador do Arsenal é um exemplo para o que estamos a passar, ele foi um exemplo por ter aguentado toda a pressão — que deve ser inacreditável num clube de Premier League como o Arsenal — e estar a colher os resultados. O Arteta é um exemplo para nós — treinador, clube, adeptos — percebermos que os projetos demoram tempo para haver resultados”

Pote falhou o último penálti. Vai trocar?

“Pote continuará a marcar, acho que ele é o melhor marcador de penáltis”

Espera gestão do Arsenal?

“A dinâmica não muda muito [mudando os jogadores]. Claro que jogar o Zinchenko ou o Tierney faz mudar um bocadinho as características, mas eles variam muito. É uma equipa com rotinas muito grandes. A forma de jogar não muda, mudam é as características. Eles nunca são uma equipa mais fraca. Quando uma equipa vive um bom momento, todos vivem um bom momento. Todos eles jogam e estão num campeonato com a rotação de jogo muito maior que a nossa”

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    Crónica de Jogo

    Dois minutos depois de entrar, já na reta final do jogo em Portimão, o avançado canhoto meteu uma bola na baliza de Nakamura, um feito que começava a parecer impossível. O Sporting atirou bolas ao ferro, lidou com um monstro de luvas que veio de Tóquio e até falhou um penálti, mas finalmente garantiu a terceira vitória consecutiva na Liga. Rúben Amorim alcançou os 100 triunfos pelo clube em 144 jogos