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Rúben Amorim: “Não quero abrir portas em Inglaterra e volto a dizer: estou muito feliz, quero é melhorar a minha relação com o Sporting”

O treinador do Sporting falou na antevisão ao jogo de segunda-feira contra o Estoril Praia (19h, Sport TV1), para o campeonato, mas também comentou o sorteio da Liga Europa que ditará o regresso do clube a Inglaterra: “É preciso grande ginástica para arranjar um ângulo onde o Sporting tenha vantagem sobre o Arsenal”

Expresso

PATRICIA DE MELO MOREIRA/Getty

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O jogo com o Estoril

“Temos duas vitórias consecutivas, estamos sempre a falar do mesmo, queremos mais e é isso que vamos tentar fazer. O Estoril não passa por um bom momento, mas tem muitos jogadores com muita escola, e com escola de clube grande, de certeza que vão colocar muitos problemas à nossa equipa. Olhámos para os jogos da primeira volta porque não devem mudar assim tanto, também para os jogos dos sub-23 para ver nuances do novo treinador. A preparação foi igual.

O facto de virmos de vitórias e de termos passado a eliminatória [da Liga Europa] dá-nos uma confiança extra para o jogo. O nosso foco é no Estoril, apenas neste jogo.”

O adversário na Liga Europa é o Arsenal. O foco na Premier League pode ser uma vantagem para o Sporting?

“Não vou estar a comentar. É preciso fazer uma grande ginástica para darmos vantagem ao Sporting na eliminatória. Entramos em todos os jogos para vencer, mas é difícil arranjar um ângulo onde o Sporting tenha vantagem sobre o Arsenal. Esse agora não é o foco, o grande objetivo é chegar ao jogo com o Arsenal com mais duas vitórias, ganhando esses dois jogos vamos bem.”

A ausência de Ugarte

“A equipa não pode perder o equilíbrio porque não está dependente de um jogador, sabemos da importância dele e o maior número de jogos revela que precisamos bastante do Ugarte. O Dário [Essugo] não desapareceu, simplesmente está lesionado, está nas costas, é um jogador que temos vindo a trabalhar e com 17 anos já tem bastantes jogos. Pode entrar um jogador como o Mateo [Tanlongo] que ainda não tem grande experiência, mas é inteligente, ou o Morita, que muda as características, mas tem muita capacidade na construção. Temos uma forma de jogar estabelecida, o que mudará são as características do jogador que tenhamos lá.

Acima de tudo, eles têm uma certeza: quem não estiver bem, jogará outro. A explicação é a de sempre, quem treina melhor vai a jogo, não há qualquer dúvida em relação a isso.”

A evolução de Tanlongo e Matheus Fernandes

“Em relação ao Matheus, quando ele está mais em cima ou em baixo tem a ver com um jogador que falha, às vezes é fazer as contas aos médios centro e consegue-se perceber uma relação. Eles também têm de jogar pela equipa B quando não têm minutos, eles vão subindo e descendo, a aposta não é uma questão de terem de jogar sempre. Ele é uma possibilidade para este jogo, todos têm de estar aptos, o Dário foi vitular com 17 anos, o Matheus também, o Youssef já fez jogos a titular com o Paulinho recuperado. O Matheus não precisa de uma segunda oportunidade, vocês às vezes descobrem tanta coisas… A mim custa-me às vezes perceber isso. Se o Matheus tiver mais rendimento do que os outros, vai jogar.

O Mateo precisa de tempo, o Ugarte já jogava em Portugal e também precisou de tempo, mas já tinha meio ano de Portugal. O Mateo chegou cá com um mês e meio de paragem, está a crescer e tem de ultrapassar os outros, é muito por aí.”

Pedro Gonçalves e a seleção nacional

“Não sei, espero que sim, mas vou fizer o mesmo que dizia com o mister Fernando Santos, há muita gente para escolher, é difícil, às vezes, tirar um para meter os nossos, como é difícil tirar os nossos quando estão lá para meter outros. Vamos ver como o mister Martínez vai jogar, poderá jogar com três centrais o que poderá ajudar o [Gonçalo] Inácio - apesar de jogarmos já muitas vezes com uma linha de quatro por o Nuno Santos estar muito subido. Portanto, vamos ver, espero que tenham oportunidade porque são jogadores de seleção, mas sei que há muito por onde escolher.”

Os elogios de Guardiola e mais uma eliminatória com um clube inglês

“É sempre bom ouvir, mas a minha realidade passa por, na semana passada, lenços brancos dos meus adeptos e por uma época muito aquém. Não tenho qualquer tipo de ilusões, os resultados é que ditam tudo, o que se passa à volta do jogo não interessa. Não quero abrir portas em Inglaterra, já tive alguns contactos, mas volto a dizer: estou muito feliz aqui e não ando à procura de nada. Quero é melhorar a minha relação com o Sporting e os adeptos do Sporting, não quero abrir outras portas.”