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Rúben Amorim e a ausência de leões na seleção nacional: “O momento não ajudou. Não conseguimos ajudar os jogadores a chegarem ao Mundial”

Na antevisão ao encontro com o Famalicão (domingo, 20h30, Sport TV1), o treinador do Sporting frisou a qualidade dos seus jogadores e diz que estes têm de pensar nas próximas grandes competições: “Eu fui a dois Mundiais e não sou nem de perto nem de longe metade do jogador que são o Pote e o Inácio”, disse Amorim

Expresso

PEDRO ROCHA/Getty

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Famalicão, último jogo antes da paragem

“Temos isso dentro das nossas cabeças, que a paragem vai ser longa e é muito importante vencer este jogo. Já tínhamos sentido isso com o Boavista, vínhamos de uma sequência boa e a derrota tirou-nos ali alguma alegria. Jogo importante, difícil, num campo onde nunca venci desde que cheguei ao Sporting. Uma equipa cheia de talentos. Como são jovens e talentosos gostam sempre destes jogos difíceis. Estamos preparados, treinámos muito bem”

Convocatória

“As escolhas são sempre difíceis e o selecionador tem sempre muito por onde escolher. Seria sempre difícil tirar um jogador para meter um dos nossos, como seria difícil tirar um dos nossos para meter os outros. O momento da equipa não os ajudou, nós não conseguimos ajudar os jogadores e eles têm de pensar no próximo, na próxima grande competição que é o Europeu, têm todas as qualidades. Perdemos alguns, não sendo muitos, o meio-campo mais utilizado vai embora, o Seba [Coates] também e quando o Seba vai podemos fazer alterações, pensar de outra forma. Há os jogos da Taça da Liga, têm de pensar no futuro. Com o momento da equipa nós não conseguimos ajudar os jogadores a chegar ao Mundial, mas ainda têm muitos pela frente. Obviamente que eles tinham esperança, mas têm de ver isto com naturalidade. Mas se o Inácio ou o Pote estivessem na convocatória ninguém ficaria chocado com isso, têm valor para lá estar”

Impacto da ausência

“Não senti grande impacto, obviamente que gostavam de lá estar mas eles têm dois caminhos: ou deixam-se abater ou seguem em frente. Os meus jogadores têm um carácter muito grande, podem pensar na outra. Há uma grande discussão sobre que formação tem mais jogadores, são coisas que não fazem muito sentido. O Sporting tem lá jogadores que passaram na formação, mas não da equipa principal. Se estivéssemos em 1.º estaria alguém. Mas isso não me preocupa, porque eles têm qualidade para estar lá. O que me preocupa é o Quaresma, que há três anos era titular aqui e que não conseguiu ser titular no Tondela. O Esteves, que foi titular no Sporting, não consegue ser titular no Estoril. Isso é a grande preocupação para mim. Mas nós estamos a trabalhar, temos um plano. Se não são chamados, não está nas nossas mãos. Os jogadores têm de saber a qualidade que têm. Depois há uma escolha, que envolve muita coisa, os jogos, como jogam nos clubes… Eu fui a dois Mundiais e não sou nem de perto nem de longe metade do jogador que são o Pote e o Inácio”

Dividido no Portugal-Uruguai?

“Não, 100% com Portugal. E principalmente porque o Uruguai tem jogadores do Sporting, tudo o que seja eliminar o Uruguai estou a favor. Quero que voltem o mais cedo possível. Já disse ao Seba que já marcámos os voos para eles virem logo depois da fase de grupos”

Mateo Tanlongo

“Não é jogador do Sporting, não sei se virá a ser. Nós seguimos todos os jogadores, em fim de contrato é um fator importante. É um dos jogadores que está referenciado”

Trincão

“Os adeptos do Sporting ainda não viram metade do Trincão. Ele está a 50% e é uma questão mais mental, de rendimento. Ele não tem de ter pressa. Tenho a certeza que quando o Trincão estiver desbloqueado mentalmente será, quanto a mim, um grandíssimo jogador. Ele trabalha muito bem, treina muito bem, cada vez melhor e as coisas vão aparecer”

Baixas para Famalicão

“Temos o Neto, vai ficar por algum tempo. O Nuno Santos não está apto. O Dani em tratamento. O resto está tudo apto. Agora que vai parar está tudo apto [risos]”