Como mudar as coisas: trabalhar estratégia ou mental?
“A parte estratégica para ajudar a parte mental. Não sei o que vou dizer aos jogadores depois de um inicio de época difícil, depois desta derrota que nos custou, voltando a ver o jogo não me pareceu justo. Isso vale o que vale, nesta época vale mesmo o que vale. É focar na tarefa, naquilo que temos de fazer para ajudar a parte mental. Se se sentirem confortáveis no jogo, se souberem as características dos adversários e o que fazer, ajuda a parte mental e tira o pensamento de outras coisas.”
Unanimidade à sua volta
“Não encontro razão nenhuma, acho que é notório que sempre dei tudo pelo clube e vou continuar a dar até ao último dia em que estiver aqui. É a única razão. O título ajudou, a cultura que criámos no clube. Não é eterno. Somos coerentes naquilo que fazemos. Acho que é notório pela minha cabeça: o desgaste que os adeptos têm é o desgaste que eu tenho. Olham para o treinador e veem que ele está a dar o máximo, e estou a dar o máximo. Se não conseguirmos melhores resultados é talvez um bocadinho falta de sorte, falta de capacidade do treinador, mas não é falta de esforço e empenho.”
Estado da equipa II
“São fases. Os jogadores têm más fases, o stres também aumenta. Somos uma equipa grande. Quando perdemos, tudo aumenta, stress, ansiedade. Pode ser essa a razão.”
reforços
“Acima de tudo fazemos a nossa avaliação diariamente. A nossa ideia não é ir ao mercado, volto a dizê-lo. Agora, há oportunidades de mercado, temos uma ou outra posição em que podemos optar por ir ao mercado. Neste mês inteiro em que não temos campeonato, tudo se acalma e vai tudo para o mundial, podemos pensar nisso.”
Luta
“Estamos a lutar porque é a nossa vida, é o nosso emprego também. Depois, é o nosso orgulho, isso eu levo muito a peito. A vida de futebolista e treinador é contínua. Ou seja, perdemos alguns objetivos este ano, mas a vida continua. Ainda temos campeonato, Taça da Liga, Liga Europa, ainda há alguma coisa para lutar. Também já fui jogador e sei que, começando a ganhar, toda essa motivação se transforma em objetivos. Não preciso de motivação, é o orgulho. O orgulho de não ganhar, não ser consistente, levo isso muito a peito. A equipa é um pouco o espelho do treinador, acredito que pensem o mesmo que eu”
Vitória SC
“Esperamos um adversário muito forte, não tem a responsabilidade do jogo. Vem de um bom momento, ao contrário de nós. Tem três jogadores sempre muito rápidos na frente, num sistema igual a nós. Espero que a minha equipa tenha a mesma identidade. Jogando em casa ou fora, espero sempre que a equipa seja dominadora. Temos de ter atenção às saídas do Vitória, temos de ser melhores nas bolas paradas e temos de fazer golos. Espero um Sporting forte. Espero uma equipa com a mesma identidade de sempre.”
Mudar estilo de jogo e recuperar fórmula antiga?
“Não podemos dar passos atrás porque somos uma equipa que tem de ser dominadora. Podem dizer que só interessa ganhar, não só. Lembro-me de estar aqui e dizerem que só ganhávamos por um golo. Ganhar só não chega. Estávamos a dar esse passo. Não ganhando, torna tudo mais difícil, mas é nestes momento que temos de pensar que este é o caminho certo. Temos de melhorar a forma de defender com menos jogadores, ser mais fortes no 1x1, é isso que temos de fazer. Falando de ganhar, e falávamos de lesões, dá saúde. Quando se perder, coloca-se tudo em causa, é mais difícil reagir após tantos desaires. Não vamos dar passos atrás, não comigo. Só vai criar insegurança. É sempre um passo atrás.”
Declarações do irmão nas redes sociais
“Os familiares, às vezes, não têm noção do impacto que tem qualquer afirmação. Obviamente, não concordo com o meu irmão. Sou campeão porque vim para o Sporting e não o contrário. Depois, é difícil para os familiares, não percebem que tudo o que se diz não é pessoal. Eles não odeiam o irmão dele, eles não gostam do treinador que perde jogos no Sporting. É difícil por mais que se explique aos familiares. Por isso não tenho redes sociais. Mexe com as pessoas. Fiz o meu papel: falei com o meu irmão. É a única coisa que eu posso fazer. Obviamente que não concordo. Faço o meu máximo, que é explicar o impacto que isso tem no meu trabalho, mas eles são grandinhos e decidem fazer o que querem.”
Sporting
“Vou ser treinador do Sporting pelo menos até final da época, porque sou responsavel. Quero demonstrar aos adeptos que, em primeiro, está o clube. Seria muito fácil para mim dizer ‘vou sair, os resultados nao sao bons’. Vinha alguém que não estava pensado, criava mais instabilidade, abandonava os meus jogadores numa fase difícil deles. As coisas têm de ser pensadas com tempo. Até ao fim da epoca nao ha conversa sobre isso. Fiquemos em 11º… ficarei cá e assumirei as minhas responsabilidades. Depois, pensaremos como clube, é um assunto muito sério, gosto muito do clube. Foi uma benção vir para o Sporting. Nesta fase quero ser o primeiro a ajudar toda a gente e fazer o meu máximo.
admite renovação?
“Eu preciso da paragem para pensar em tudo. Sou responsável pela equipa e só a equipa pode mudar este momento do Sporting. Não vou falar sobre a renovação. Até ao fim do ano, aconteça o que acontecer, eu não vou abandonar os rapazes e vou assumir isto porque nenhum treinador deve vir para aqui sem estar pensado com o projeto. O objetivo é ajudar o Sporting."