A TribunaExpresso falou com Jaime Marta Soares ainda durante a conferência de Bruno de Carvalho que se seguiu à reunião com os órgãos sociais demissionários, com o ainda presidente da mesa da Assembleia Geral a refutar várias das acusações feitas pelo presidente do Sporting, bem como alguns dos relatos da reunião feita pelo líder leonino.
"Nós falámos apenas meia hora e ele duas horas e meia. Não deixou falar ninguém só enxovalhou, insultou", sublinha Marta Soares. "Cheguei a dizer-lhe que só me insultava quem eu deixava, não quem queria. Depois, também quis que assinássemos a ata da reunião anterior, só que era a ata Bruno de Carvalho, onde estavam as coisas que ele tinha dito e também as que não tinha dito. Avisei-o, também, que este não era o melhor caminho para ele, porque eu tenho vergonha de um dia dizer as coisas que, efetivamente, sei sobre ele".
Sobre a reunião desta quinta-feira, Marta Soares recusou que estivesse em cima da mesa a formação de uma comissão de gestão e que os órgãos demissionários têm já 4 mil assinaturas para a convocação de uma assembleia de destituição, quando são necessárias apenas mil.
"Apresentámos a proposta A: se aceitasse renunciar ao cargo esta quinta-feira, ele manter-se-ia na gestão do clube e marcaríamos eleições para 19, 26 ou 29 de agosto. Ele escolheria a data que melhor lhe servisse. Esta, disse-lhe eu, era a melhor forma de parar com esta instabilidade. Disse-lhe também que a MAG tinha quatro mil assinaturas, quando são apenas precisas mil, e que as apresentaria quando ele accionasse os serviços para a sua validade. Nunca falámos numa comissão de gestão, isso é uma mentira, mentira, mentira".