Igual a si próprio, é o que se pode dizer de António Silva e das primeiras palavras após receber a notícia de que era um dos 26 eleitos por Fernando Santos para o Mundial do Catar.
Com a parcimónia e calma habituais, o jovem de 19 anos, que tem sido uma das surpresas do Benfica de Roger Schmidt, ainda invicto esta temporada, admitiu a surpresa, sublinhou que era algo que não estava à espera, lembrando, no entanto, que ainda não é tempo de pensar na seleção.
“Sem dúvida que tem um significado muito grande para mim, primeira convocatória e, sendo para o Mundial, é muito especial”, disse o central, à margem de um evento de apresentação de um documentário sobre a academia do Benfica, da qual é o último rebento a aparecer.
Mas, logo a seguir, António Silva foi António Silva: pragmático como um verdadeiro central: “Estou muito feliz, mas ainda há um jogo a ganhar pelo Benfica. Depois aí começamos a pensar na seleção”.
Referia-se ao Benfica - Gil Vicente do próximo domingo, o último encontro dos encarnados antes da paragem do campeonato.
“Muito feliz”, António Silva fala em “sentimento de orgulho, acima de tudo” e que a chamada era “algo que não esperava”. Porém, frisa, “estando a jogar no Benfica era algo que podia acontecer”.
O central fez esta temporada 19 jogos, dois dos quais pela equipa B do Benfica. Mas mal chegou à equipa principal, António Silva não mais saiu, valendo-lhe uma chamada ao Mundial que seria impensável há uns meses.