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Bar aberto para os estreantes e para um velho herói que quer continuar a escrever história

Portugal venceu a Escócia, com golos de Hélder Costa, Bruma e Eder (3-1), num jogo particular em que mostrou que, mesmo com as segundas linhas, é claramente superior aos escoceses

Tribuna Expresso

Ian MacNicol

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Passado, presente, futuro. Estes são tempos felizes para a seleção portuguesa que, hoje, mescla memórias saudosas com profecias auspiciosas. Em terras escocesas, houve espaço para o regresso triunfal de um herói do passado - Eder já não marcava desde a final do Euro 2016, conquistada por Portugal - e para que os heróis do futuro pudessem , pela primeira vez, mostrar o que valem - Hélder Costa, que marcou um golo, e Cláudio Ramos, que entrou na 2ª parte, asseguraram as primeiras internacionalizações na seleção.

Perante um adversário que se sabia inferior, Fernando Santos optou por rodar a equipa: Rúben Dias foi o único a manter-se no onze, em relação ao jogo perante a Polónia. De resto, as novidades foram mais que muitas: Beto na baliza, com a braçadeira de capitão; Luís Neto no centro da defesa (com Dias), Cédric Soares na direita e Kévin Rodrigues na esquerda; Danilo, que falhou o Mundial por lesão, no meio-campo com Sérgio Oliveira e Bruno Fernandes; e, na frente, Hélder Costa, Bruma e Eder, um trio improvável que acabou por decidir o jogo.

É certo que o estádio Hampden Park, em Glasgow, não viu um jogo particularmente interessante ao nível da nota artística, mas Portugal cumpriu os mínimos exigíveis, depois de uma entrada menos boa, e acabou por se colocar em vantagem já perto do intervalo: o extremo Hélder Costa, do Wolverhampton, teve uma estreia memorável, ao inaugurar o marcador, aos 43 minutos.

Na 2ª parte, a seleção voltou a marcar, agora por Eder, aos 74 minutos, e, depois, por Bruma, que conseguiu o seu primeiro golo por Portugal, aos 84 minutos.

Nota também para as estreias na seleção do defesa Pedro Mendes, do Montpellier, e do guarda-redes Cláudio Ramos, do Tondela, que ainda sofreu o golo de Steven Naismith, que fechou o jogo, já aos 90+3.

Vitória tranquila do campeão europeu, mesmo sem muitos dos intervenientes do Euro 2016.