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“Imagina o Leo a jogar no futebol argentino, a viver em Rosário. Uma loucura”: Maxi Rodríguez recordou carreira e falou em Messi no Newell's

Quando era miúdo, o agora ex-futebolista estava no relvado do Newell's quando Diego Maradona estava a ser apresentado, em setembro de 1993. Era o seu ídolo, depois foi o seu selecionador. Em entrevista ao "Olé", o argentino falou de alguns momentos na carreira, nomeadamente do penálti à Holanda que colocou o país numa final do Campeonato do Mundo tantos anos depois

Tribuna Expresso

Ian MacNicol

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Quando Diego Maradona foi apresentado no campo do Newell’s, Maxi Rodríguez era um dos meninos que estavam no relvado a fazer jogos. Em entrevista ao “Olé”, o ex-futebolista de Atlético Madrid e Liverpool recordou esse momento, falou sobre o penálti à Holanda que colocou a Argentina na final do Mundial e ainda explicou porque abandonou o futebol.

“Só queria ver o Diego com a camisola do Newell’s”, contou ao diário argentino quando foi recordado sobre aquele 13 de setembro de 1993. “Pusemos umas bandeiras e fizemos joguitos. Era uma loucura. Não imagina como eram os treinos, enchiam-se de gente.”

Questionado sobre se tentaria levar Lionel Messi para o clube do coração de ambos, o mesmo em que Maradona passou naquele 1993, Maxi preferiu a imaginação. “São decisões muito pessoais, mas são pessoas tão grandes… Imagina o Leo a jogar no futebol argentino, a viver aqui em Rosário. Uma loucura. Se algum dia acontecer, é bem-vindo. Mas, se não acontecer, não há nada a cobrar-lhe.”

Na Argentina, Maxi só jogou naquele clube de Rosário, mas na Europa dividiu o seu ofício em três paragens: Espanyol, Atlético e Liverpool. Nos últimos anos de carreira ainda fez duas temporadas no Peñarol, onde conquistou dois títulos nacionais. Aos 40 anos, e depois de 11 no Newell’s”, o clube que o formou, colocou um ponto final na carreira.

O ídolo, “desde sempre”, foi Diego Maradona. Mais tarde acabaria por ser treinado pelo genial canhoto na seleção nacional. “Custava-me a acreditar. O Diego impunha-se pela sua presença, gerava algo impressionante que não vi em nenhuma outra pessoa.”

Ao “Olé”, Rodríguez lembrou ainda aquele penálti da semifinal do Mundial 2014, contra a Holanda. “Foi o momento de mais tensão que tive a jogar futebol. Acontece que tens tempo para pensar e foi a caminhada mais longa que fiz dentro de um campo. Sabia que era um penálti que nos podia meter numa final de novo, depois de tantos anos, que estava o país todo e o mundo a ver. É um momento em que te vêm 200 mil coisas à cabeça e tens de estar tranquilo. Estava convencido que ia marcar”, lembrou, admitindo que sentiu muita confiança e “cagazo” [medo] ao mesmo tempo.

Sobre o adeus ao futebol, o argentino explicou que foi uma decisão que foi ganhando forma durante esta última temporada. “Dás-te conta, senti isso nestes últimos seis meses e não queria continuar a esticar. Queria chegar ao último dia a desfrutar como fiz. Foi um processo”, contou, admitindo que as pancadas já as sentia de outra maneira e que as recuperações levavam agora mais dias.

Maxi Rodríguez jogou três Campeonatos do Mundo (2006-2014), num deles fez aquele golaço ao México, e ganhou um Mundial sub-20 e uns Jogos Olímpicos.