A seleção feminina do Irão está a ser acusada de utilizar um homem como guarda-redes no jogo frente às rivais da Jordânia, que acabaram derrotadas no desempate por grandes penalidades. A guardiã iraniana defendeu dois dos pontapés das jogadoras jordanas.
A federação da Jordânia já veio exigir uma “verificação de género” a Zohreh Koudaei, de 32 anos. As suas defesas valeram a qualificação do Irão para a Taça Feminina da Ásia. O presidente da federação da Jordânia, o príncipe Ali bin al-Hussein, recorreu ao Twitter para chamar a atenção da Confederação Asiática de Futebol (AFC) para as suas suspeitas.
Do lado iraniano, todas as alegações têm sido rejeitadas. O Irão acusa as adversárias de procurarem uma “desculpa” para uma derrota completamente inesperada, uma vez que eram claras favoritas.
A AFC rejeitou comentar a polémica, alegando não poder pronunciar-se acerca de “investigações e processos em curso, verdadeiros ou potenciais”. O príncipe Ali, antigo vice-presidente da FIFA, chamou-lhe “assunto muito sério, a ser verdade” e pediu à AFC que “faça o favor de acordar”.
Maryam Irandoost, selecionadora do Irão, desvalorizou a acusação. “O staff medico examinou cuidadosamente cada uma das jogadoras em termos hormonais para evitar quaisquer problemas nesta questão e, por isso, eu digo a todos os adeptos que não devem preocupar-se,” disse a treinadora ao site Varzesh3.
Irandoost lembrou que Koudaei já tinha representado o seu país nas fases de qualificação para a Taça da Ásia, em 2008 e 2010. “Vamos providenciar todos os documentos que a Confederação Asiática de Futebol desejar, sem perder tempo,” acrescentou a selecionadora iraniana.